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Brasil

PF faz operação contra grupo suspeito de falsificar registro de CAC para obter arma

A investigação apurava se um clube de tiro e uma loja de armas, também realizavam cursos e prestava serviços de manutenção

FolhaPress

21/10/2022 12h57

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Raquel Lopes

Uma operação da Polícia Federal prendeu quatro pessoas suspeitas de fraudar registro de CAC (caçador, atirador e colecionador) para aquisição de armas. A ação desta sexta (21) ocorreu em Alagoas, Pernambuco e São Paulo.

A investigação teve início no ano passado e apurava se um clube de tiro e uma loja de armas, pertencentes ao mesmo grupo, também realizavam cursos e prestava serviços de manutenção e customização de armas de fogo sem ter licença da corporação.

Para isso, segundo a apuração, produziam documentos falsos em nome de armeiros legalmente credenciados, mas que não tinham nenhum vínculo com o grupo. “Ao longo da ação investigativa, foi identificada a existência de organização criminosa dedicada à produção de documentos ideologicamente falsos e o uso desses para viabilizar e dar aparência de legalidade tanto ao comércio, quanto ao porte ilegais de armas de fogo”, disse a PF, em nota.

O grupo ainda utilizava pessoas jurídicas para produzir entrevistas, vídeos e outros conteúdos e difundir, principalmente na internet, publicidades ilegais para a venda, estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo e incitando a prática de crimes.

A Polícia Federal disse que a operação busca identificar outros envolvidos e confirmar o mecanismo do grupo investigado sobre a execução de fraudes contra os sistemas dos órgãos públicos de fiscalização e controle.

Além dos quatro mandados de prisão preventiva, a operação cumpriu 37 mandados de busca e apreensão, 11 ordens de suspensão das atividades de natureza econômica de pessoas jurídicas, sequestro de bens adquiridos a partir de 2019 e bloqueio de valores.

Além disso, houve bloqueio de 14 páginas, perfis e canais de disseminação de conteúdo ilegal na internet. As ordens judiciais foram expedidas pela 37ª Vara Criminal da Justiça Federal em Caruaru (PE).

Os investigados devem responder pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, porte ilegal de arma de fogo, comércio ilegal de arma de fogo, dentre outros crimes. As penas somadas podem chegar a 30 anos de prisão e multa.

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