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Brasil

Petrobras afirma que óleo recolhido nas praias foi extraído de campos na Venezuela

De acordo com Eberaldo Neto, a companhia começou a agir assim que foi acionada pela União e já recolheu 340 toneladas de resíduos das praias

Aline Rocha

25/10/2019 18h55

Vista geral de um derramamento de óleo na praia de Peroba em Maragogi, estado de Alagoas, Brasil, outubro de 2019. Foto tirada em 17 de outubro de 2019. REUTERS / Diego Nigro

Da Redação
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Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (25), o diretor de Assuntos Corporativos da Petrobras, Eberaldo Neto, afirmou que a análise de 30 amostras de petróleo recolhidas de praias do Nordeste permitiu concluir que ele foi extraído de três campos de produção na Venezuela. 

Ele esclareceu que a companhia começou a agir assim que foi acionada pela União, no início do mês de setembro, e já recolheu 340 toneladas de resíduos das praias. 

“A gente fez análise em mais de 30 amostras e concluiu que é de três campos venezuelanos”, disse Neto. “A origem do vazamento é outra coisa. A gente entende que é na costa brasileira.”

Acredita-se que o vazamento tenha ocorrido no Oceano Atlântico, em uma região no caminho de uma corrente que vem da África e se bifurca, seguindo para a costa setentrional do Nordeste, de um lado, e para a Bahia e Sudeste, do outro, passando por todos os locais onde o óleo tem sido recolhido. 

“A gente sabe que foi em um ponto desse de bifurcação que foi a origem do vazamento. Provavelmente, um navio passando ali. As autoridades estão investigando.”

Neto destacou que o fato de o petróleo afundar e seguir para o litoral em uma camada abaixo da superfície do mar dificulta a visualização dele com sobrevoos e satélites e também a contenção dele com barreiras.

“A gente tem um centro de defesa ambiental preparado para isso, mas preparado para um óleo da Petrobras, que vaza de instalação da Petrobras, e a gente localiza a fonte e ataca com os instrumentos mais adequados”, disse o diretor, que explicou que o fato de o óleo submergir quase que inviabiliza a contenção dele antes de chegar ao litoral. “Fica praticamente impossível pegar a montante esse óleo e segurar com barreiras e outros instrumentos que a gente tem. O mecanismo de captura tem sido quando a maré e a corrente jogam para a praia. Infelizmente, tem sido esse o jeito, porque, com os mecanismos que a gente detém, é agulha no palheiro para a gente pegar pelas características do óleo.”

O diretor da estatal afirmou que a Petrobras vai distribuir equipamentos de proteção individual em comunidades do Nordeste para que voluntários possam utilizar os equipamentos para se proteger de possíveis intoxicações no contato com a substância.

Neto disse que o foco da Petrobras é continuar o trabalho e qualquer discussão sobre o valor que será ressarcido à companhia pelos recursos gastos será feita posteriormente.

 

Com informações da Agência Brasil

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