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Brasil

Pai de Henry e mãe de Isabella Nardoni se encontram na dor: ‘Não enterramos nossos filhos’

O encontro foi promovido pelo deputado federal Delegado Palumbo (MDB-SP) durante entrevista ao canal do parlamentar no YouTube

Redação Jornal de Brasília

31/10/2023 19h02

Pais de vítimas de crimes brutais de grande repercussão que chocaram o País, Leniel Borel, pai do menino Henry Borel, e Ana Carolina Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni, se conheceram nesta segunda-feira, 30. Eles conversaram sobre a experiência dramática que amargam há anos.

O encontro foi promovido pelo deputado federal Delegado Palumbo (MDB-SP) durante entrevista ao canal do parlamentar no YouTube. Delegado da Polícia Civil de São Paulo, Palumbo tem um histórico de combate à violência e à criminalidade.

Isabella foi assassinada em 2008 na zona Norte de São Paulo pelo pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta, Anna Carolina Jatobá – em 2010, o casal foi condenado. A menina tinha cinco anos quando foi jogada da janela de um apartamento no sexto andar do prédio onde morava.

Henry Borel morreu em março de 2021. Os laudos mostraram que ele tinha 23 lesões no corpo e morreu por ‘ação contundente e laceração hepática’. O menino de quatro anos estava no apartamento onde a mãe, Monique Medeiros, morava com o padrasto, o ex-vereador carioca Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, no Rio de Janeiro. A criança já chegou sem vida no hospital. Monique e Dr. Jairinho foram denunciados e serão levados a júri popular. O julgamento ainda não tem data marcada.

“A gente não consegue enterrar um filho, porque você tem que viver lutando e brigando todos os dias. Depois do julgamento é enterrar o filho para que essa criança possa ir em paz e você procurar uma vida em paz. No meu caso foram dois anos. No caso dele (Leniel, pai de Henry), sabe-se lá mais quanto tempo”, desabafa Ana Carolina Oliveira.

O pai de Henry pediu mais ‘humanização’ no processo criminal. “Eu sou revitimado todo dia, tenho que falar sobre o caso, pedir Justiça”, afirmou. “Eu sou vítima, eu perdi meu filho.”

Nos dois episódios cruéis, os acusados pelos crimes nunca confessaram. “Nunca vamos saber. Quinze anos depois, já não me interessa mais. Eu não tenho mais curiosidade de saber. Já pensei durante muitos anos, mas minha filha não vai voltar”, disse Ana Carolina.

Estadão Conteúdo

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