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Brasil

Operação da Polícia Civil deixa oito mortos no Rio de Janeiro

Willian Matos

06/05/2019 21h22

Complexo da Maré

Foto: Reprodução/Facebook

Da redação
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Durante uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ) na manhã desta segunda-feira no Complexo da Maré, oito pessoas foram mortas. Não há indícios das circunstâncias da morte, tampouco identidade dos falecidos.

O objetivo da operação, de acordo com a Polícia, foi capturar o traficante foragido Thomas Jayson Gomes Vieira, o 3N, que atuava no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.

Nas redes sociais, moradores denunciaram o uso de helicópteros para atirar em direção à comunidade. Em alguns vídeos, é possível vê-los sobrevoando a favela durante a operação, ao mesmo tempo em que são ouvidos barulhos de tiros. Em uma foto, crianças com uniforme escolar são flagradas correndo.

No fim de semana, o governador Wilson Witzel (PSC) acompanhou uma ação da Polícia Civil em um helicóptero que sobrevoava uma favela na cidade de Angra dos Reis, no Rio. “Vamos botar fim na bandidagem”, disse em vídeo divulgado no Twitter.

O novo governador do estado já defendeu o “abate de criminosos” portanto fuzis, independentemente das circunstâncias, inclusive com drones e atiradores de elite disparando de helicópteros – o que é considerado ilegal por parte dos juristas e especialistas em segurança.

Só neste ano houve ao menos outras três operações policiais em favelas cariocas com o uso de helicópteros e relatos de moradores sobre rasantes e tiros vindos das aeronaves.

O uso de helicópteros para disparar rajadas vai contra uma normativa publicada em outubro pela extinta Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro.

A regra não impede que agentes disparem de helicópteros, mas estabelece que os tiros só sejam dados quando forem estritamente necessários para proteger outras vidas.

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