O Ministério Público Federal (MPF) divulgou nesta quinta-feira (26), em Chapecó-SC, a conclusão do inquérito civil que investigou o acidente com o avião que transportava a delegação da Chapecoense, ocorrido em novembro do ano passado. A aeronave caiu perto de Medelin, na Colômbia, e deixou 71 mortos e seis feridos. O time ia para o país para disputar a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, contra a equipe colombiana Atlético Nacional.
Segundo o MPF, não foram encontradas irregularidades no processo de contratação entre o time de Santa Catarina e a empresa LaMia, com sede na Bolívia. Entretanto, foram identificadas suspeitas na autorização Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para o voo fretado para a seleção argentina, feito pela mesma empresa. Na ocasião, a seleção foi até Belo Horizonte jogar contra o Brasil. O Ministério Público encontrou uma manifestação técnica que era contra a aprovação do voo, e mesmo assim, ele acabou acontecendo.
O inquérito concluiu que a provável causa do acidente foi a falta de combustível. O órgão não identificou ações de brasileiros que influenciaram ou provocaram a tragédia. Sobre o caso do voo dos argentinos, o MPF declarou ter remetido oficios à Secretaria Nacional de Aviação Civil e à Anac para que sejam adotadas medidas cabíveis. Também foi encaminhado um documento para o Tribunal de Contas da União onde se recomendava a realização de uma auditoria operacional nos procedimentos na Anac em relação à autorização de voos fretados.