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Brasil

MPF apura segurança de passageiros no Aeroporto de Goiânia (GO) após troca de etiquetas de identificação em malas

Passageiras presas na Alemanha por suposto tráfico internacional de drogas despacharam bagagem no Aeroporto Santa Genoveva

FolhaPress

18/04/2023 17h55

Foto: Ministério da Infraestrutura

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento para apurar as medidas que as companhias aéreas e a administração do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia (GO), estão tomando para garantir a segurança dos passageiros após episódio de duas pessoas presas na Alemanha depois de terem a identificação de suas malas trocadas por bagagem que continha 40 quilos de cocaína.

Além desse caso, a Polícia Federal divulgou que outra passageira, com voo saindo originalmente de Goiânia, com destino a Paris, e com conexão no Aeroporto Internacional de Guarulhos, também teve a etiqueta de sua bagagem trocada durante a conexão.

Para a procuradora da República Mariane Guimarães, a reincidência das irregularidades em voos de conexão oriundos de Goiânia pode colocar em risco a atividade aeroviária goiana, posto que gera insegurança nos passageiros e clientes, afetando a credibilidade dos serviços prestados.

O MPF quer informações das medidas que estão sendo tomadas para garantir a segurança dos passageiros, bem como as razões de escolha de voos oriundos do Aeroporto Santa Genoveva para a prática da troca de etiquetas de identificação.

Para tanto, o MPF expediu ofício, com pedido de resposta em até 15 dias, às companhias aéreas para que informem os procedimentos adotados para a contratação de funcionários, se são checados antecedentes criminais, como se dá o processo de fiscalização das bagagens despachadas, se as malas são monitoradas por câmaras desde o check in até o embarque no voo, se os passageiros recebem alguma instrução de segurança nas lojas, no site e no app da empresa a respeito do cuidado com as bagagens e se o tempo de conexão da maioria dos voos que saem de Goiânia para outros destinos pode ser um fator de risco e quais providências estão sendo tomadas para minimizar esses riscos.

À administração do Aeroporto de Goiânia, o MPF solicitou informações sobre o procedimento de fiscalização das bagagens despachadas, inclusive indicando se a área comum do aeroporto e o trajeto das malas, desde o despacho, nas esteiras, até a efetiva acomodação nos aviões, são monitorados por câmeras e, em caso positivo, se é possível a rápida requisição das filmagens pelo consumidor em caso de extravio ou troca de etiquetas, para fins de defesa; e se a administração do aeroporto pretende realizar campanhas de segurança aos passageiros, para evitar futuras ocorrências.

Em Guarulhos (SP), local onde ocorreu a troca de etiquetas, o MPF instaurou inquérito civil público para apurar possíveis falhas de segurança no Aeroporto Internacional de Guarulhos (Inquérito Civil 1.34.006.000242/2023-12).

Com informações do MPF

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