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Brasil

MC perde parte do calcanhar após necrose provocada por complicações da diabetes

MC Danilo Boladão, de Santos, tem diabetes Tipo 1, além de uma doença que prejudica a circulação dos membros inferiores

Redação Jornal de Brasília

30/11/2021 9h03

Foto: Reprodução/g1

O músico Danilo Mariano Leão Laureano, 43, conhecido como MC Danilo Boladão, perdeu parte do calcanhar após o pé necrosar, em decorrência de complicações da diabtes. O MC de Santos, no litoral de São Paulo, passou por cirurgia há poucos dias e está com uma campanha para pagar as despesas que terá com medicamentos e curativos.

Danilo contou ao g1 que descobriu a diabetes do Tipo 1 em 2005. Esse tipo da doença é autoimune e tratado com reposição de insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, que ajudam a controlar o nível de glicose no sangue.

A descoberta se deu ao cortar as unhas do pé, e pouco depois, sentir dores nas pernas. Através de exames, soube que estava com um problema de circulação nas pernas, devido a complicações da diabetes. Isso causou a primeira necrose dele, o que fez com que ele tivesse que amputar dois dedos. Em 2017, ele amputou outro dedo do mesmo pé.

O MC ainda foi diagnosticado com a doença arterial obstrutiva periférica (Daop), que, de acordo com o Ministério da Saúde, reduz o fluxo de sangue arterial dos membros inferiores, o que pode agravar ainda mais o estado de saúde dele.

“Ficou tudo controlado, mas veio a pandemia. Deixamos de fazer shows, ficamos em casa, não podia andar e fazer nada. Ele precisava fazer exercícios, se movimentar por causa da Daop, e dentro de casa ele não conseguia”, explicou ao g1 a esposa dele, Thays Kolben das Chagas, de 29 anos.

Em agosto deste ano, ele notou uma rachadura no calcanhar esquerdo, que evoluiu, até que passou a ter uma coloração preta, típica de necrose. Ele foi para o Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, onde a equipe médica teve que revascularizar a perna dele, conforme conta, uma vez que a circulação havia parado na metade da coxa. O MC passou por uma cirurgia para fazer a retirada da necrose, e pouco depois, teve uma trombose na perna.

“Onde estava a ferida [da cirurgia], inflamou, e o lado que eu estava pisando necrosou. Eu voltei para cá, e eles me internaram”, explica o MC. Uma nova cirurgia foi realizada no último dia 24, para fazer a retirada da nova necrose, sendo retirada mais uma parte do calcanhar dele. “Ficou um buraco”, conta a esposa.

Durante esse tempo, Danilo conta que se preocupou muito de ter que amputar o pé todo, e também se iria sobreviver à cirurgia, já que sua mãe faleceu em 1997 durante um procedimento semelhante, também por causa de complicações da diabetes. “Não sabia se meu corpo iria resistir. A gente tem medo”, desabafa.

Ajuda

O MC afirma que, na unidade hospitalar, ele tem todo o suporte médico e de medicamentos necessário, mas que se preocupa em quando tiver que ir para casa, pois ele e a família estão com dificuldades financeiras para comprar os insumos para tratá-lo. “Estamos sem fazer baile na pandemia, já estava difícil de comprar gaze para fazer o curativo em casa”, explica.

Por conta disso, alguns amigos resolveram criar uma campanha nas redes sociais para arrecadar dinheiro e ajudar nos custos com os medicamentos e curativos, já que ele terá de ficar pelo menos dois meses em repouso absoluto.

“Tem um custo muito alto, e ele vai ficar uns dois meses sem poder botar o pé no chão. Estamos em pandemia, ele está com uma ferida aberta, e não posso ficar expondo ele ao risco de se contaminar”, finaliza Thays.

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