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Brasil

Mato Grosso não usa livro didático comprado pelo MEC, assim como decidiu Tarcísio

Para livros didáticos, o estado implantou uma parceria com a Fundação Getulio Vargas para implantar o chamado Sistema Estruturado de Ensino

Redação Jornal de Brasília

11/08/2023 11h25

Foto: Reprodução

(FOLHAPRESS)

O Governo de Mato Grosso deixou parcialmente, em 2021, o PNLD (Plano Nacional do Livro Didático). O Estado segue no plano apenas para aquisição de livros literários.

Para livros didáticos, o estado implantou uma parceria com a Fundação Getulio Vargas para implantar o chamado Sistema Estruturado de Ensino, que consiste em materiais didáticos pedagógicos impresso e digital para estudantes da rede pública.

A iniciativa foi tomada em 2021, no primeiro mandato do governo de Mauro Mendes (União Brasil), de acordo com informações do site oficial da Secretaria de Educação do Mato Grosso. Isso faz parte, segundo a gestão estadual, de um plano para colocar o estado entre as cinco melhores do país até 2032.

De acordo com o governo, há ainda serviços de capacitação dos profissionais da educação, nos formatos presencial e digital.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, Valdeir Pereira, avalia o formato atual como negativo.

“É um sistema que consiste em praticamente copiar o livro didático e entregar essa apostila para os estudantes. Desde 2021, os livros didáticos ainda são enviados para o estado, vão pras escolas, no entanto, ficam guardados e quando vencem são encaminhados para a Secretaria de Educação para serem incinerados”, disse.

O Governo de Mato Grosso afirma que os conteúdos dos livros estão alinhados à BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e nega que os exemplares sejam incinerados.

O dirigente sindical ainda afirmou que esses recursos poderiam ser utilizados para outras áreas caso o governo seguisse no PNLD.

A discussão sobre os livros didáticos na rede pública ganhou tração após o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), conforme a Folha de S.Paulo revelou, abandonar os livros didáticos, abrindo mão dos recursos do PNLD, cerca de R$ 200 milhões considerando o fundamental 2 (6º a 9º ano) e o ensino médio.

Em um primeiro momento, o secretário da Educação do Estado, Renato Feder, afirmou que, a partir de 2024, os alunos dessas etapas teriam apenas conteúdos digitais produzidos pelo governo, e não mais o livro ou qualquer outro material impresso.

Com a forte reação negativa de educadores e com a abertura de um inquérito civil pelo Ministério Público, o governador Tarcísio de Freitas recuou desse modelo 100% digital e, no último sábado, anunciou que iria imprimir apostilas para todos os alunos da rede.

Na cidade de São Paulo, há uma conciliação entre apostilas padronizadas da rede municipal com os livros didáticos.

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