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Brasil

Manaus sofre com inundações e ameaça da Covid-19

Rio Negro passou a subir cerca de três centímetros por dia e, nesta segunda-feira (17), as águas já invadiam o centro de Manaus

Redação Jornal de Brasília

17/05/2021 18h06

Foto: AFP

Os fortes temporais que atingiram a região do Amazonas deixaram boa parte da população ribeirinha desabrigada. Nesta semana, os rios atingiram níveis recordes e inundaram pequenas cidades próximas. O volume de água ameaça, inclusive, a capital Manaus-AM. O estado também passa por dificuldades com relação à pandemia e corre o risco de ser atingido por uma 4ª onda da doença.

De acordo com a Defesa Civil, mais de 400 mil pessoas já sofrem com as inundações. Com as chuvas, o Rio Negro passou a subir cerca de três centímetros por dia e, nesta segunda-feira (17), as águas já invadiam o centro de Manaus. Devido à inundação, os moradores da cidade utilizam passarelas elevadas de madeira para acessar o mercado de Manaus.

“O nível da água é… o terceiro maior da história da cidade. Se continuar assim, ultrapassará a inundação recorde de 2012”, disse o porta-voz da Prefeitura, Emerson Quaresma.

Cerca de 4.700 famílias, em Manaus, correm o risco de perderem suas casas. A prefeitura está oferecendo ajuda para que essas família possam alugar outros imóveis na cidade.

A cidade de Anamã, próxima ao Rio Amazonas, ficou inundada, o que também fez os moradores elevarem os níveis do piso de suas casas de madeira. Entre os 12.700 habitantes, quem não se adaptou precisou deixar o local.

Foto: AFP

Especialistas afirmam que uma das causas mais prováveis para o excesso de chuva, a longo prazo, é o desmatamento. A região vem sendo atingida por períodos muito chuvosos e de muita seca, o que prejudica, inclusive, a agricultura local.

Manaus-AM ainda tenta se recuperar do impacto da 1ª onda de Covid-19. Em 2020, a cidade havia se tornado o epicentro mundial da pandemia, e a rede hospitalar ficou sem oxigênio para os pacientes.

Na cidade, foram registrados os primeiros casos da variante P.1, que se disseminou rapidamente pelo Brasil e ao menos 10 outros países. Atualmente, o estado é um dos cinco que correm o risco de passar por uma 4ª onda da doença nos próximos dias.

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