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Brasil

Jefferson Pérez lamenta absolvição: "É um dia fúnebre"

Arquivo Geral

04/12/2007 0h00

O relator do processo contra o senador Renan Calheiros, pill senador Jefferson Péres (PDT-AM), treat disse ter receio de que a absolvição de Renan em plenário tenha consequências a longo prazo com um desperdício da classe política. “É um dia fúnebre para o Senado”, health comentou. O senador disse que achou “impressionante” a diferença de votos a favor de Renan Calheiros. Foram 48 pela absolvição contra 29 pela cassação e três abstenções. Renan Calheiros abriu mão de seu voto.

A diferença de votos que inocentou Renan neste julgamento foi maior do que no primeiro, quando o placar mostrou 40 votos pela absolvição contra 35 pela cassação. Na ocasião, as seis abstenções foram fundamentais para que Renan escapasse da perda de mandato.

O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), disse que ainda vai refletir sobre a segunda absolvição de Renan Calheiros (PMDB-AL) em plenário e o que isso representa para o andamento ou não dos outros processo a que o ex-presidente da Casa responde no colegiado.

Perguntado sobre o que faria a partir de agora com os outros processos, o senador respondeu com outras perguntas: “O que você acha que a Casa disse hoje? Qual a mensagem que a Casa passou? O que significa isso? Vou pensar no que fazer com os outros processos a partir de agora”, disse.

Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), “o que a imprensa divulgou era verdadeiro, que o Palácio do Planalto fez um acordo para que o PT votasse maciçamente a favor da absolvição de Renan e em troca o PMDB daria os votos pela aprovação da CPMF. E isso, caso Renan renunciasse antes da sessão. Aconteceu tudo conforme a imprensa tinha divulgado amplamente”.

Segundo ele, os senadores não se preocuparam com a imagem do Senado. “Eles estão se preocupando com as vantagens que obtêm na negociação com o governo”, completou.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), contestou a tentativa da oposição em vincular a absolvição de Renan a uma eventual aprovação da emenda que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). “Se houvesse acordo, eu diria que a oposição só tem 29 votos para a CPMF, que foi o placar dos votos contrários a Renan”, disse.

Jucá ressaltou que o julgamento de Renan “foi um processo limpo e transparente” que deu direito de defesa e convenceu os senadores. “A oposição não deve misturar a questão com a CPMF porque esta sim, é uma questão muito mais partidária, que está sendo colocada de forma eleitoral e que não deve ser feita assim”.

O senador Almeida Lima (PMDB-SE) comemorou o resultado. Para ele, a absolvição não desgasta o parlamento. “A imagem do parlamento está desgastada por conta daqueles que representaram e criaram essa celeuma durante todo este tempo deixando o Senado na berlinda quando não havia nenhuma necessidade para tanto”, disse.

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