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Brasil

Instituição suspeita de maus-tratos a criança autista não tem licença para atuar como creche

Caso envolvendo criança autista em São José do Rio Preto expõe instituição irregular após denúncia nas redes sociais

Redação Jornal de Brasília

17/12/2025 15h00

Foto: Reprodução

FOLHAPRESS

A instituição apontada como responsável por suposto maus-tratos a uma criança autista de dois anos não possui licença para atuar como creche, apesar de assim se intitular, segundo a Prefeitura de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, onde o caso ocorreu.

O episódio circulou nas redes sociais na semana passada, após uma mãe relatar que recebeu contatos de uma ex-funcionária avisando de que havia testemunhado episódio de maus-tratos, como o isolamento da criança em um ambiente diferente dos demais.

A reportagem não conseguiu localizar a mãe ou a ex-funcionária.

Segundo mensagem que circula nas redes, a mãe recebeu a primeira tentativa de contato via um bilhete escrito à mão, enviado pela funcionária. Depois, houve contato pelas redes sociais.

A instituição divulgou nota nas redes sociais em que afirma que as alegações são inverídicas.

“Trata-se de uma tentativa clara de distorção da realidade, surgida em meio a um contexto de disputa judicial, no qual foi ingressada uma ação judicial contra os antigos proprietários, que consta em andamento”, afirma a nota, que não esclarece se a ex-funcionária é uma das partes do processo.

“A creche sempre pautou sua atuação pelo respeito, zelo e cuidado integral com as crianças, mantendo um ambiente seguro, acolhedor e adequado ao desenvolvimento infantil. Jamais houve qualquer prática de maus-tratos, sendo esta afirmação totalmente infundada.”

A instituição disse estar à disposição das autoridades.

A secretaria municipal de Fazenda de São José do Rio Preto afirmou que o estabelecimento entrou com pedido de licença para exercer atividades de prestação de serviços de entretenimento infantil e cuidados de bebês, no dia 17 de novembro, mas o pedido foi indeferido.

No dia 18, a instituição foi notificada para tentar ser incluída como atividade de educação infantil (creche). O prazo termina no dia 22.

Caso a instituição não se adeque até o fim do prazo, a prefeitura poderá advertir, multar e lacrar o imóvel.

“O local não possui registro como escola de educação infantil e, portanto, não está sob a supervisão da pasta. Para obter autorização de funcionamento, uma escola de educação infantil particular deve apresentar requerimento formal à secretaria”, afirmou o município.

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