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Brasil

Incêndios em MG atingem áreas de conservação, afetam aulas e fazem consumo de água disparar

Nesta segunda (26), a corporação combate as chamas em cinco unidades de conservação mineiras. Elas estão localizadas na região central e na Zona da Mata

Redação Jornal de Brasília

26/08/2024 17h25

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Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros de Minas Gerais

ARTUR BÚRIGO
BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS)

Os incêndios registrados em boa parte do Brasil nos últimos dias são foco de atenção dos bombeiros de Minas Gerais desde a semana passada, quando as chamas atingiram o Parque Nacional da Serra do Cipó, na região central do estado.

Nesta segunda (26), a corporação combate as chamas em cinco unidades de conservação mineiras. Elas estão localizadas na região central e na Zona da Mata, locais em que o tempo seco predomina. Na capital Belo Horizonte já são 129 dias sem chuva, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

O mês de agosto registrou, até domingo (25), o maior número de focos de incêndio desde 1998, ano em que o Inpe (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Espaciais) iniciou o monitoramento por satélite.

Foram 3.482 focos registrados no período. O mês de agosto com mais registros até então havia sido em 2010, com 2.444.

No parque estadual da Serra do Brigadeiro, na Zona da Mata, o combate às chamas chegou nesta segunda ao nono dia de operação, com 12 bombeiros e 11 brigadistas e voluntários, além do apoio aéreo de um helicóptero.

A última atualização foi de que os agentes faziam sobrevoos para monitorar o surgimento de novos focos de incêndio na área.

Os bombeiros também atuam no parque estadual Itacolomi, onde três aeronaves tentam combater o incêndio em área de mata densa, na Área de Proteção Ambiental (APA) Alto do Mucuri e na estação ecológica Mata dos Ausentes.

A corporação também começou a atuar no parque estadual Serra do Cabral, na região centro-norte do estado, em um local de difícil acesso para os agentes.

No fim de semana, nuvens de fumaça e fuligem foram registradas nas cidades do triângulo mineiro que ficam próximas à divisa com o estado de São Paulo. Em Uberaba, a cerca de 170 km de Ribeirão Preto (SP), a prefeitura determinou que as aulas na rede municipal seriam facultativas nesta segunda.

Na vizinha Uberlândia, o prefeito Odelmo Leão (PP) disse que o consumo de água atingiu mais de 300 litros por habitante no domingo e pediu que os cidadãos evitem o desperdício para manter o abastecimento na cidade. O consumo médio de água no país costuma ficar em torno de 150 litros por dia.

O Corpo de Bombeiros da região disse que a temperatura em nível acima da média e a redução da umidade relativa do ar, combinadas com a intensidade dos ventos, favorecem a propagação dos incêndios.

Eles orientaram a população a não usar fogo para fazer limpeza de pasto, de faixa de domínio ou de sujeira no quintal.

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