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Brasil

“Humilhada”, diz mulher que teve relações com sem teto

Na época, o personal trainer disse à polícia que agrediu Givaldo por acreditar que Sandra estivesse sendo abusada sexualmente

Redação Jornal de Brasília

27/04/2022 13h00

Foto: Reprodução

Sandra Maria Fernandes, a mulher flagrada pelo marido tendo relações sexuais com um morador de rua, falou pela primeira vez sobre o caso, nesta quarta-feira (27), em uma rede social. “Eu NÃO escolhi ter um SURTO, eu NÃO escolhi ter sido HUMILHADA, eu NÃO escolhi ter minha vida EXPOSTA e DEVASTADA!”, escreveu em certo momento do texto.

No mês passado, foram divulgadas imagens do marido de Sandra, Eduardo Alves, agredindo o morador de rua Givaldo Alves após flagrar as relações que ocorreram dentro do carro do casal.

Na época, o personal trainer disse à polícia que agrediu Givaldo por acreditar que Sandra estivesse sendo abusada sexualmente. Porém, após análise clínica, ficou constatado que ela passava por um surto psicológico.

“Passei por dias muito difíceis, nunca me imaginei naquela situação. Eu me sinto profundamente dilacerada pelo ocorrido. Hoje eu tenho ciência de tudo o que foi dito enquanto eu estava internada e sendo cuidada por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e outros profissionais”, continuou a mulher.

Sandra ainda agradece ao marido, aos familiares e aos profissionais de saúde que participaram do tratamento. “Agradeço ao meu esposo por tudo que ele fez por mim. Ele me defendeu durante e depois do ocorrido, pois sabe que em condições normais eu jamais teria permitido passar por àquilo”, escreveu.

Veja a íntegra:

“Olá me chamo SANDRA MARA FERNANDES , sou a mãe da Anna Laura e a esposa do @eduardoalvestrainer . Venho através dessa postagem agradecer as pessoas que se levantaram para me defender quando eu não tinha condições.

Passei por dias muito difíceis, nunca me imaginei naquela situação. Eu me sinto profundamente dilacerada pelo ocorrido. Hoje eu tenho ciência de tudo o que foi dito enquanto eu estava internada e sendo cuidada por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e outros profissionais.

Fui VÍTIMA de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui taxada como uma mulher qualquer , uma mulher promiscua , uma mulher com fetiches , uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior.

Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu NÃO escolhi ter um SURTO, eu NÃO escolhi ter sido HUMILHADA, eu NÃO escolhi ter minha vida EXPOSTA e DEVASTADA!

Então, na condição onde estive eu sei que tinha legitimo DIREITO de ser DEFENDIDA. Agradeço ao meu esposo por tudo que ele fez por mim. Ele me defendeu durante e depois do ocorrido, pois sabe que em condições normais eu jamais teria permitido passar por àquilo. Agradeço também ao meu pai, minha madrasta , meus irmãos e amigos , que me acolheram e ajudaram o Eduardo e a Anna Laura . Sou profundamente grata aos profissionais que me ajudaram a compreender o que estava acontecendo quando eu já NÃO TINHA domínio da minha própria vida.

Hoje eu busco na JUSTIÇA os meus DIREITOS , pois nunca faltei com respeito com ninguém e não merecia ter sido tratada como uma qualquer , e , principalmente , ter sido usada como OBJETO de prazer durante DELÍRIOS e ALUCINAÇÕES que confundiram minha mente e me colocaram num contexto NOJENTO e SÓRDIDO . Sigo BATALHANDO, um dia de cada vez para retomar a minha existência e vou conseguir porque DEUS é maior e infinitamente bom !”

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