SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)
Um grupo de elite da PF (Polícia Federal) assumiu a segurança do aeroporto de Porto Alegre.
Comando de operações táticas também vai ajudar no patrulhamento de vias alagadas. Os agentes chegaram à capital gaúcha na noite desta terça-feira (7) e ficaram responsáveis pela segurança já a partir da manhã desta quarta (8).
Outros 350 servidores da PF atuam no resgate e na segurança de voluntários que resgatam desabrigados.
Eles estão usando equipamentos, botes e embarcações de resgate, helicóptero, drones, aparelhos de visão noturna e jet skis.
A PF já resgatou mais de 2.000 pessoas e 600 animais. Esses resgates foram realizados nas regiões de Porto Alegre, Canoas e Eldorado do Sul.
VOOS SUSPENSOS POR TEMPO INDETERMINADO
Administradora do aeroporto de Porto Alegre diz que não há previsão de retorno de operações. Na segunda-feira (6), a Fraport Brasil emitiu comunicado internacional avisando que está com as atividades suspensas. O aviso tem a previsão de retorno no dia 30 de maio, mas a empresa disse ao UOL que a data foi colocada somente para cumprir a legislação aeroportuária. Na prática, não há um prazo.
COMO ESTÁ A SITUAÇÃO NO RS
Temporais já deixaram pelo menos 100 mortos e 128 desaparecidos. Mais de um 1,4 milhão de pessoas foram afetadas pelas chuvas. Mais de 163 mil pessoas estão desalojadas e outras 66.761 foram acolhidas em abrigos.
Cheia que inunda Porto Alegre ainda levará dias para retornar a patamares seguros. O sistema de proteção contra enchentes, que circunda a cidade, foi projetado para suportar até 6 metros de altura.
Defesa Civil pede que moradores resgatados ainda não voltem para suas casas inundadas. O alerta vale principalmente para quem mora na região metropolitana de Porto Alegre. Segundo o órgão, esses locais atingidos ainda seguem sob alto risco e estão sujeitos a movimentos de massa e transmissão de doenças.
Ao todo, 417 dos 497 municípios gaúchos -ou seja, 83,9% deles- foram afetados pelas fortes chuvas. Veja fotos de antes e depois.
Cerca de 100 mil casas foram destruídas ou danificadas e o prejuízo é de R$ 4,6 bilhões, calcula a Confederação Nacional de Municípios. Dados são parciais, já que ainda há cidades submersas pela água em que os danos não foram medidos. O setor da agricultura foi área privada com maior valor de prejuízo, calculado em R$ 435 milhões pela CNM. O órgão calcula R$ 37,5 milhões de prejuízo para comércios locais.