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Brasil

Governo Tarcísio de Freitas diz que greve é ataque político, ilegal e injustificável

A greve nas três companhias estaduais foi confirmada em assembleia na noite desta segunda (2), ocorre em protesto contra os planos de privatização

Redação Jornal de Brasília

02/10/2023 20h11

Foto: Reprodução

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) fez uma série de críticas à greve convocada para esta terça-feira (3) por sindicatos de trabalhadores do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp.

Em nota divulgada no fim da tarde desta segunda (2) pela Secretaria de Comunicação, o governo classificou a paralisação como “ilegal e abusiva” e que “torna refém a população que precisa do transporte público”. Em outro trecho, afirma que é “absolutamente injustificável” que o direito constitucional de greve “seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão”.

A greve nas três companhias estaduais foi confirmada em assembleia na noite desta segunda (2), ocorre em protesto contra os planos de privatização do governador de São Paulo.

Ainda no comunicado, a gestão Tarcísio afirma que sindicatos atuam “de forma totalmente irresponsável e antidemocrática, para se opor a uma pauta de governo que foi defendida e legitimamente respaldada nas urnas”, diz.

Procurados pela Folha de S.Paulo, sindicatos que organizam as paralisações defenderam que trabalhadores do transporte e da água protestam para que os serviços permaneçam sendo públicos e de qualidade.

No caso específico dos metroviários, o sindicato da categoria afirma que ter apresentado recurso judicial para que sejam liberadas as catracas nesta terça. “Se houver liberação das catracas, abrimos mão da greve”, informou, em nota.

Já o Sintaema, que representa os funcionários da Sabesp, diz que a greve desta terça ainda não foi julgada e, portanto, não pode ser considerada abusiva nem ilegal, por se tratar de um direito constitucional.

“A greve se volta para a defesa do direito à água, ao transporte e ao saneamento públicos com prestação de serviços de qualidade e tarifas justas”, diz o sindicato.

A Justiça proibiu a liberação das catracas. O governo estadual afirma que a liberação resultaria em alto risco de tumultos e acidentes nas estações.

Leia abaixo o comunicado do Governo de São Paulo sobre a greve:

Sobre a greve anunciada para esta terça-feira, 3 de outubro, pelos sindicatos dos trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp, o Governo de São Paulo reforça que esta é uma greve ilegal e abusiva, a qual torna refém a população que precisa do transporte público. É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão.

É importante esclarecer à população que a greve não foi convocada para reivindicar questões salariais ou trabalhistas, mas sim para que os sindicatos atuem, de forma totalmente irresponsável e antidemocrática, para se opor a uma pauta de governo que foi defendida e legitimamente respaldada nas urnas.

O programa estadual de parcerias, concessões e desestatizações visa a melhoria na prestação dos serviços públicos aos cidadãos e está totalmente amparado pelas leis brasileiras. Assim, ao chantagear a população com greves ilegais, os sindicatos atentam não só contra a legislação vigente, mas também à ordem pública e ao aprimoramento das políticas públicas.

O Governo de São Paulo está agindo com total transparência e respeito à legalidade na condução das propostas de parceria, concessão e desestatização. Contratou estudos de viabilidade técnico-financeira de órgãos de excelência internacional e deu publicidade a todas as etapas cumpridas até o momento, tanto nos canais oficiais do Estado como pela imprensa.

A esfera de debate para privatização são as audiências públicas e não por meio da ameaça ao impedimento do direito de ir e vir do cidadão. É por meio do processo de escuta de diálogo das desestatizações que os sindicatos contrários devem se manifestar, de forma democrática, convencendo atores políticos e a própria sociedade de que a proposta do Governo de São Paulo não é a ideal.

Infelizmente, aqueles que deveriam representar os trabalhadores preferem agir de forma truculenta, promover o caos e prejudicar toda a população.

O Estado vem atuando tempestivamente nas esferas administrativa e judicial para que a população não seja prejudicada. O Tribunal Regional do Trabalho já decidiu contrariamente à greve das três categorias e determinou a manutenção dos serviços de transporte em 100% nos horários de pico e 80% nos demais períodos, além de 85% do contingente da Sabesp. A Justiça também proibiu a liberação das catracas, proposta de forma irresponsável pelos grevistas, sem levar em conta os altos riscos de tumultos e acidentes nas estações.

O Governo de São Paulo continuará trabalhando para preservar a ordem pública e garantir os direitos dos cidadãos que tanto precisam dos serviços públicos. Os servidores da Sabesp, do Metrô e da CPTM merecem líderes sindicais que priorizem o respeito à legalidade e o atendimento à população.

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