Menu
Brasil

Gestão Covas negocia com Cuba compra de vacina contra a Covid-19, diz Marta Suplicy

A ex-prefeita ressaltou que as tratativas são iniciais, mas envolvem também a possibilidade de instalação de uma fábrica do imunizante na capital paulista

Redação Jornal de Brasília

28/04/2021 18h05

Foto: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

Camila Mattoso
Brasília, DF

Secretária de Relações Internacionais da gestão Bruno Covas (PSDB), Marta Suplicy disse nesta quarta-feira (28) que a Prefeitura de São Paulo iniciou conversas com Cuba para negociar a compra da vacina Soberana 2, contra a Covid-19.

A ex-prefeita ressaltou que as tratativas são iniciais, mas envolvem também a possibilidade de instalação de uma fábrica do imunizante na capital paulista.

“Estamos conversando, não está muito publicizado ainda, com Cuba. Vimos que Cuba, segundo a Opas [Organização Pan-Americana da Saúde] nos informou, a vacina deles sempre foi de excelência. Foram os primeiros que fizeram a vacina de hepatite, que foi apoiada pela OMS. Eles têm uma vacina que chama Soberana 2 que está na fase três, e parece que é uma vacina de excelência. Mas não está finalizada ainda”, disse Marta durante audiência da Comissão Extraordinária de Relações Internacionais da Câmara de São Paulo.

A secretária diz que a prefeitura se colocou na fila pela vacina, manifestando interesse na compra. “Já tem países interessados. Se você não entra na fila depois não tem mais. Então entramos na fila.”

Sobre a tentativa de implantar uma fábrica da Soberana na cidade, Marta afirmou que já tem autorização de Covas e aceitação dos representantes cubanos. “Estamos conversando também, está nos primórdios mas recebi carta branca do prefeito, que é a gente trazer, e eles topam, uma fábrica dessa vacina para a cidade de São Paulo. Porque a gente então fabrica o insumo aqui e não fica mais na dependência. Não tem nenhuma ilusão de que essa história de vírus vai acabar.”

A secretária ressaltou, no entanto, que a negociação ainda deve se arrastar por mais um tempo. “Vai depender ainda de um caminho. A Soberana 2 tem que ser testada lá ainda, tem que ter aprovação lá de fora, depois tem que ser testada pela Anvisa. Mas a gente já vai começando as conversas porque tudo isso demora muito”, afirmou.

“Mas se a gente conseguir trazer a fábrica, ainda que demore, até chegar o final do mandato do Bruno é um legado legal que ele vai deixar para a cidade”, concluiu a ex-senadora.

“Que consigamos o maior rápido possível uma resposta positiva. Oxalá que os governos municipais, estaduais e a União falem com a embaixada da Cuba no Brasil para termos essa vacina o mais breve possível em São Paulo e no Brasil”, disse Toninho Vespoli (PSOL), vereador que participou da audiência.

Marta ainda disse que a Prefeitura de São Paulo já havia fechado compras da Sputnik V, da Rússia, mas que agora, como a Anvisa rejeitou a importação das vacinas, o cenário é incerto.

As informações são da Folhapress

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado