Menu
Brasil

Funcionários da Airbnb poderão trabalhar de onde quiserem

No último email, o empresário defende a sua ideia: a flexibilidade do trabalho permite que sejam recrutados talentos de qualquer lugar

FolhaPress

29/04/2022 13h08

Daniela Arcanjo
São Paulo, SP

Funcionários do Airbnb poderão trabalhar de qualquer lugar dentro de seus países, comunicou o presidente-executivo da empresa de alugueis por temporada Brian Chesky em um email à sua equipe na tarde desta quinta-feira (28).

“Há duas décadas, as startups do Vale do Silício popularizaram a ideia de ambientes integrados e regalias nos locais de trabalho, que foram logo adotados ao redor do mundo”, afirmou. “De forma semelhante, as startups de hoje abraçaram o home office e a flexibilidade, e eu acho que esse vai ser o modo de trabalho predominante em 10 anos.”

Segundo Chesky, há exceções para os que precisam estar em locais específicos, mas a medida vale para a “vasta maioria dos funcionários”, que poderão trabalhar tanto de casa quanto do escritório.

Os que quiserem mudar de cidade deverão ficar no país em que foram contratados e não verão seus salários diminuírem ou aumentarem, independentemente de diferenças de custo de vida. A partir de setembro, porém, será possível trabalhar de quase qualquer lugar do mundo –170 países– por 90 dias no ano.

Também estão previstos encontros da equipe a cada trimestre.
Vinay Gaba, líder de tecnologia da empresa, escreveu em sua conta no Twitter que esperava flexibilidade, mas que o anúncio era “o melhor cenário que alguém poderia esperar”. “Que bom que nossa equipe conseguiu fazer acontecer”, afirmou.

Desde que a pandemia tornou o trabalho remoto uma possibilidade, Chesky virou um entusiasta do modelo de trabalho –que pode beneficiar o seu negócio. Em janeiro, ele anunciou que agora “morava no Airbnb”. Voltaria para San Francisco com alguma frequência, mas não permaneceria ali –nem em cidade alguma por mais de algumas semanas.

No último email, o empresário defende a sua ideia: a flexibilidade do trabalho permite que sejam recrutados talentos de qualquer lugar, não só dos arredores do escritório, e aumentaria a diversidade entre os funcionários.

Um de seus maiores trunfos, porém, é a manutenção da empresa durante a pandemia, quando os funcionários estavam trabalhando de casa. Em junho de 2020, três meses após a OMS (Organização Mundial da Saúde) classificar a Covid-19 como pandemia, Chesky falou sobre a crise que e empresa enfrentava em uma entrevista à CNBC.

“Demoramos 12 anos para construir o negócio do Airbnb e perdemos quase tudo em questão de quatro a seis semanas”, afirmou na época. Ainda em 2020, o empresário listou a companhia na Bolsa de Valores de Nova York, no maior IPO (oferta pública de ações, na sigla em inglês) do ano dos Estados Unidos.

“Reconstruímos a empresa do zero, abrimos o capital, atualizamos todo o nosso serviço e registramos ganhos recordes, tudo isso trabalhando remotamente”, escreveu ele na mensagem aos funcionários.

Assim como outras empresas de tecnologia, porém, a Airbnb patina. Desde a estreia na Bolsa suas ações já caíram 24,92%, entre altos e baixos.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado