Menu
Brasil

Forças de segurança retornam de ajuda na Bahia

Missão humanitária durou seis dias nos municípios atingidos pelas enchentes no estado nordestino

Vítor Mendonça

10/01/2022 19h00

Ao todo, foram seis dias empenhados na missão. Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Oficiais das Forças de Segurança do Distrito Federal chegaram nesta segunda-feira (10) à capital após a ajuda humanitária realizada no sul do estado da Bahia, levando cerca de 120 toneladas de alimentos, roupas e outras doações feitas pelos brasilienses aos baianos atingidos pelas chuvas, desabamentos e inundações.

As equipes do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), do Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil (DOE/PCDF), da Polícia Militar (PMDF) e da Defesa Civil foram recepcionados com aplausos e honrarias na base da Secretaria de Segurança Pública do DF. Foram 36 oficiais que uniram forças para entregar os donativos e ajudar a distribuí-los na região atingida pelas enchentes. Ao todo, foram seis dias empenhados na missão.

De acordo com o tenente-coronel Sinfrônio Lopes Pereira, que coordenou a equipe do Corpo de Bombeiros, o trabalho em equipe das forças de segurança foi essencial no apoio prestado à população na Bahia. Ao chegar lá, ele destaca também a parceria recebida de moradores da região, que dedicaram muita energia tanto para ajudar quanto para repartir entre si o que recebiam.

“Foi uma grande honra chefiar homens e mulheres que foram treinados para salvar vidas. Trabalhando com outros órgãos, foi uma interação muito boa, uma demonstração de união – juntamente também com o apoio da população do DF. Não imaginei que fôssemos levar tanta coisa para tantas pessoas que estavam precisando [da ajuda]”, afirmou o oficial.

Segundo ele, o caminho para o sul do estado foi o mais difícil, com estradas esburacadas, deslizamentos de terra, acidentes nas rodovias e a chuva pesada. “Mesmo com todos esses obstáculos, levamos mais do que alimentos: conseguimos levar alegria para as pessoas que estavam com falta de esperança para um futuro melhor. Isso mostra como o brasiliense é solidário”, destacou.

Em alguns trechos, o tenente-coronel apontou que as pontes eram muito perigosas, principalmente com a quantidade de peso carregado com as doações pelos caminhões do CBMDF. Esse foi um dos maiores riscos da operação, segundo ele. “Brasília foi construída com o sangue e o suor do povo nordestino, e muitos baianos incluídos. Foi uma maneira simples, mas de coração, de retribuirmos ao povo baiano, com muito amor e carinho”, acrescentou.

As equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, da Polícia Militar e da Defesa Civil do DF foram recepcionados com aplausos na base da SSP-DF. Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Para o major Guerra, que chefiou a delegação da Defesa Civil, foi uma experiência memorável, não só pela união entre as forças, mas também pelo impacto e posicionamento tidos pelas pessoas que perderam casas e pertences devido à chuva e às enchentes na região. Ele explica que além do trabalho de entregar as doações, também perceberam que poderiam ajudar na distribuição dos suprimentos em diversos municípios, e assim o fizeram.

“Essa campanha teve recorde de tempo para ser feita e de arrecadação. Foi uma emoção grande porque levar algo que as pessoas não têm é algo que toca bastante. Apesar de não imaginarmos o que encontramos, as expectativas do trabalho feito foram superadas.”, disse o major. “Muitos estão desabrigados e perderam tudo.”

Com o apoio da população e do Governo do DF, o oficial considera que as forças de segurança conseguiram ajudar em todos os aspectos. “Levamos mais do que as arrecadações, levamos também encorajamento e expectativa de volta da esperança”, ressaltou. “Entregar nas mãos de quem precisa foi uma experiência gratificante. Era notória a mudança no olhar de quem recebia as doações.”

Para o major Guerra, a missão teve papel especial na carreira que construiu no órgão porque esta é uma das últimas operações que fará vestindo a camisa da Defesa Civil. Após mais de 30 anos de serviço, nos próximos dias, ele deverá se aposentar. Ademais, por ter nascido na Bahia, a missão humanitária foi ainda mais importante para o major. “Muito bom ajudar meus conterrâneos”, finalizou.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado