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Brasil

Foi um caso isolado, diz chefe da polícia de SC sobre ataque em creche

Ulisses Gabriel afirmou que o ataque de matou quatro crianças e deixou mais quatro feridas, em Blumenau (SC), foi um caso isolado

FolhaPress

05/04/2023 17h15

Cristiano Farias Martins, Caue Fonseca e Fábio Pescarini

Blumenau, SC, Porto Alegre, RS e São Paulo, SP

O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, afirmou que o ataque de matou quatro crianças e deixou mais quatro feridas, em Blumenau (SC), foi um caso isolado, não conectado a outros atentados.


Na manhã desta quinta-feira (5), um homem de 25 anos invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, e matou quatro crianças. As vítimas são três meninos e uma menina, com idade entre 5 e 7 anos.


“Entrevistas prévias [da polícia com o suspeito] indicam que é um fato isolado. Não tem relação com outros fatos e não está relacionado com coordenação ou jogos envolvendo outros criminosos”, disse o delegado, em entrevista coletiva.


A explicação foi dada pelo delegado para se evitar medo de pais em levarem seus filhos à escola, principalmente após divulgação de notícias falsas. Ele usou o exemplo da própria filha, que foi ao colégio nesta quinta-feira.


Segundo a polícia, o autor não tinha aparentemente nenhuma ligação com a creche e não se sabe ainda não a motivação para o ataque.


O autor do crime se entregou no 10º BPM logo após atacar as crianças na escola.


Conforme as informações da polícia, o assassino chegou em uma moto, pulou o muro e escolheu as vítimas aleatoriamente. Ao perceber que as professoras correram para proteger as demais crianças, ele decidiu fugir pulando novamente o muro.


Uma das professoras da creche disse que trancou a sala onde se encontravam os bebês para tentar protege-los. Ela confirmou que uma das armas utilizadas pelo autor era uma machadinha.


Policiais isolaram o local para evitar a aproximação dos moradores.


Em nota, o Ministério Público de Santa Catarina disse que vai acompanhar todos os desdobramentos nos âmbitos criminal e cível, “mas, no momento, quer externar sua profunda tristeza com o ocorrido e prestar condolências aos familiares das vítimas e aos envolvidos nessa tragédia que abala a todos os catarinenses”.


O delegado afirmou que cinco operações policiais foram realizadas no estado nos últimos 14 meses para investigar ameaças contra colégios, com monitoramento de pessoas. Em São José, na semana passada, foi identificado um adolescente de 17 anos que estaria ameaçando a escola.


Disse ainda que o governo catarinense planeja preparar professores pela Polícia Militar para situações de ataque, inclusive usando experiências internacionais, como de Israel e do Chile.


O governo, afirmou, pretende implantar protocolos de prevenção e de contingência contra ataques semelhantes ao desta quinta.


Também será feito um levantamento pela polícia e poles bombeiros das vulnerabilidades em escolas catarinenses.

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