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Brasil

Fintech N26 anuncia que deixará de operar no Brasil

O aplicativo da fintech funcionará até o dia 7 de dezembro, e até lá, a empresa orienta que os clientes paguem as faturas em aberto

Redação Jornal de Brasília

07/11/2023 18h41

Foto: Reprodução/ Banco N26

O banco digital N26 vai encerrar as operações no Brasil. Em comunicado aos clientes publicado no site, a fintech afirma que a saída do mercado local está relacionada à decisão de focar em mercados europeus. A matriz do N26 fica na Alemanha, país em que a instituição foi criada em 2013.

“Neste momento, a N26 decidiu encerrar a operação no Brasil como parte da estratégia da empresa de focar nos mercados chave europeus”, afirma o texto.

O aplicativo da fintech funcionará até o dia 7 de dezembro, e até lá, a empresa orienta que os clientes paguem as faturas em aberto dos cartões de crédito, retire o saldo das contas e inclusive recomenda que busque outras fintechs para depositar o dinheiro.

Em nota divulgada no mercado europeu, o banco afirma que quer fortalecer a posição como o principal banco digital da Europa. “Versões piloto do produto brasileiro do N26 foram testadas com clientes selecionados através de uma lista de espera a partir de novembro de 2021, mas nunca foram lançadas para o público geral”, afirma o texto.

Dados da consultoria SensorTower compilados pelo Bank of America mostram que, em setembro, o N26 tinha 49 mil usuários ativos no Brasil, um número 39% menor que o do mesmo mês de 2022. A título de comparação, o Nubank tinha 56,2 milhões de usuários ativos no mesmo mês, e o PicPay, 24,2 milhões.

O N26 queria trazer ao País a ideia de “fincare”, ou seja, uma fintech que ajuda os clientes a tomarem conta da própria vida financeira. Havia serviços de consultoria virtual, além de uma ferramenta de separação de recursos em diferentes pastas de acordo com objetivos, hoje adotada pelos maiores nomes do mercado, como o Nubank e o PicPay.

No mundo, o N26 tem mais de 8 milhões de clientes, divididos entre 24 países. Desde a criação, em 2013, o banco digital levantou US$ 1,8 bilhão (o equivalente a R$ 8,8 bilhões) em recursos através de investidores privados.

No Brasil, o N26 operava sob uma licença de sociedade de crédito direto (SCD), que permite a concessão de crédito, mas não a captação de depósitos. O banco afirma que os funcionários da operação brasileira poderão se candidatar a vagas em aberto nas unidades europeias.

Estadão Conteúdo

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