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Brasil

Família palestino-brasileira resgatada de Gaza volta ao Brasil neste sábado (10)

Mãe e três filhos, um deles recém-nascido, foram recebidos no Egito e hospedados em hotel no Cairo pela Embaixada Brasileira no país africano

Redação Jornal de Brasília

09/02/2024 13h29

Foto: Reprodução

Os quatro palestinos-brasileiros que tiveram autorização para deixar Gaza na última quarta, 7 de fevereiro, já estão hospedados no Cairo. A mãe e os três filhos pequenos, um deles nascido na véspera de Natal de 2023, foram recebidos pela equipe da embaixada brasileira no Egito assim que cruzaram a fronteira de Rafah, no Sul de Gaza, com o país africano. De lá, foram transportados numa viagem de cerca de seis horas e hospedados em hotel pago com recursos do Governo Federal, em mais uma etapa da Operação Voltando em Paz.

Segundo Paulino Franco de Carvalho Neto, embaixador do Brasil no Egito, a previsão é de que a família embarque para o Brasil em voo comercial neste sábado, 10 de fevereiro. A estimativa é de que o grupo chegue ao Aeroporto de Guarulhos (SP) na noite de sábado.

Antes de cruzarem a fronteira, os quatro estavam alojados em Rafah numa casa alugada pela representação brasileira em Ramala, na Palestina, com garantia de recursos para alimentos, água e remédios, recebendo toda a assistência enquanto aguardavam o momento de cruzar a fronteira.

A família já tinha autorização para voltar ao Brasil em listas anteriores da operação, mas foi necessário esperar o nascimento da criança em dezembro para que todos pudessem ser conduzidos em segurança.

Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores, com esses quatro novos repatriados, a Operação Voltando em Paz chega a 1.560 pessoas resgatadas desde outubro de 2023,  entre brasileiros e parentes que estavam em Israel, em Gaza e na região da Cisjordânia. As escalas também trouxeram 53 animais domésticos.

Gaza

Esta é a quarta operação de repatriação específica com brasileiros que estavam no lado palestino do conflito, um processo que exige articulação mais complexa. Isso porque a única fronteira para a saída de civis da zona de guerra em Gaza é no sul do enclave, em Rafah, na divisa com o Egito.

Cada lista precisa ser aprovada por autoridades de Israel, do Egito e da Palestina, em um trabalho protagonizado pelas equipes das embaixadas brasileiras em Tel Aviv e no Cairo e pela representação em Ramala. Somando as quatro operações, chega-se a 149 brasileiros e parentes próximos resgatados, 117 de Gaza (com os quatro de agora) e 32 da Cisjordânia.

Resposta imediata

O mundo ainda assimilava o choque dos atentados cometidos contra Israel no sábado, 7 de outubro, quando o Governo do Brasil deu início à mobilização para estruturar a retirada de brasileiros da zona de conflito.

No mesmo dia dos ataques, foi montado um gabinete de crise e, uma vez acionadas, as embaixadas do Brasil em Tel Aviv (Israel), do Cairo (Egito) e o Escritório de Representação em Ramala (na Palestina) deram início à operação diplomática para identificar quem eram e onde estavam os brasileiros na região conflagrada. Em paralelo, a FAB era acionada para garantir que as aeronaves pudessem resgatar os cidadãos nacionais no mais breve prazo possível.

Por meio de formulário online, cerca de 2,7 mil manifestaram interesse em retornar ao Brasil de Israel. Aqueles que não conseguiram lugares em voos de companhias aéreas privadas passaram a ser atendidos pela Operação Voltando em Paz, seguindo requisitos de prioridade para brasileiros sem passagens, não residentes, gestantes, idosos, mulheres e crianças. Especialistas do Ministério da Agricultura foram envolvidos para garantir o repatriamento de animais domésticos. A operação também atuou para atender brasileiros na região da Cisjordânia e em Gaza.

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