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Brasil

Ex-aluna suspeita de desviar R$ 62 mil pode ter ação arquivada

A defesa da ex-aluna negou que ela tenha usado o dinheiro e informou que sempre teve uma “postura proativa e contínua de prestação de contas”

Camila Bairros

22/08/2023 7h28

Foto: Reprodução

O Ministério Público quer que seja arquivada a investigação contra a ex-aluna de arquitetura e urbanismo da Universidade Mackenzie que teria se apropriado de forma indevida de R$ 62,5 mil, e em uma das ações, fez um depósito judicial de R$ 44 mil. O órgão entende que o caso deve ser apurado na esfera cível, não criminal.

“As evidências colhidas indicam que se tratou de ilícito de ordem civil, não havendo indícios da vontade livre e consciente da prática do delito de apropriação indébita”, escreveu a promotora Fernanda Narezi Pimentel Rosa.

A aluna, que não autorizou o uso de seu nome e sua foto, teria se aproveitado da função de tesoureira para enviar para contas pessoais R$ 3.921,61 da Associação Atlética Acadêmica Arquitetura Mackenzie, e R$ 58.583,61 de atléticas de outras universidades integrantes do Interfau, competição esportiva em que participam turmas de faculdades de arquiterura e urbanismo de São Paulo.

De acordo com as vítimas, desde setembro de 2022 o contato com a tesoureira era difícil. Eles diziam receber cobranças de fornecedores e prestadores de serviços para a realização dos jogos, e enquanto isso, ela viajava para a Disney. O último contato com a ex-aluna aconteceu em março deste ano.

A defesa da ex-aluna negou que ela tenha usado o dinheiro e informou que sempre teve uma “postura proativa e contínua de prestação de contas”. Porém, em janeiro de 2023, ela teria confessado em chamada de video que estava em posse do dinheiro arrecadado pelo Mackenzie e pela Interfau.

Dias depois, foi marcada uma nova reunião, mas a suspeita não compareceu. Já em março, em assembleia promovida pela atlética do Mackenzie, a aluna disse que estaria em posse de R$ 44 mil e devolveria. Mas, de acordo com a defesa dos alunos, ela não devolveu.

A Universidade Mackenzie informou que “as Associações Atléticas, cada uma com CNPJ próprio, promovem atividades esportivas em conformidade com seus respectivos regramentos. Neste sentido, a Universidade Presbiteriana Mackenzie não tem responsabilidade sobre a organização e realização do evento InterFau”.

Confira a nota publicada pela ex-aluna:

“A atual gestão da Atlética Mackenzie se recusa a aceitar o valor apurado pela gestão de 2022, com relação ao INTERFAU (Jogos Universitários das Universidades de Arquitetura e Urbanismo do Estado de São Paulo), realizado de O3 a 11 de setembro de 2022, por discordar desse valor e se recusa a assinar um recibo de quitação (recebimento para guarda). Esse valor sempre esteve disponível para o repasse.

A conta pessoal da jovem era utilizada com conhecimento e anuência da presidente da gestão 2022 para economizar taxas bancárias e evitar a prática das gestões anteriores de pagamento único e exclusivamente em dinheiro vivo.

Como a campanha difamatória deixou claro, a jovem não confia na índole da atual gestão e só fará o pagamento mediante aceite formal e assinatura de recibo de quitação. Ou em juízo. Ela nunca se utilizou desse dinheiro.

Sobre a Disney, não há versão. Há um só fato concreto: ela foi selecionada no Programa de Intercâmbio do parque temático em Orlando (EUA) e, com a ajuda de amigos e parentes, além do próprio salário, viajou e passou uma temporada (de 28 de novembro de 2022 até 16 de fevereiro de 2023) trabalhando muito no Parque.

Não há autorização para utilização do nome e de qualquer foto da jovem.”

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