A Operação J’Adoube, que combate os crimes de desvio e lavagem de dinheiro da Universidade Vale do Rio Verde (UNINCOR) e de sua mantenedora, a Fundação Comunitária Tricordiana de Educação (FCTE), foi deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (8).
Durante as investigações, apurou-se que a FCTE possuía cerca de R$ 92 milhões em débitos tributários e previdenciários, já vencidos, com a União. Dívidas trabalhistas de processos judiciais com trânsito em julgado não pagos também fazia parte das fraudes.
Neste último cenário, dirigentes da FCTE e titulares de empresas criadas especificamente para a finalidade ilícita, teriam desviado valores das mensalidades dos cursos oferecidos, os quais deveriam ingressar nas contas da FCTE para o pagamento de encargos correntes e dívidas, por mais de três anos.
Os valores desviados eram referentes às mensalidades de alunos dos cursos de graduação e especialização da Universidade, oferecidos em diversos campus do estado de Minas Gerais.
A PF representou por 28 ordens judiciais, sendo 16 mandados de busca e apreensão nas cidades mineiras de Varginha (2), Três Corações (3), Conceição do Rio Verde (1), Contagem (2), Nova Lima (2) e Belo Horizonte (6), além outras ordens judiciais de apreensão específicas em desfavor de pessoas físicas e jurídicas.
Os investigados responderão por crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita e organização criminosa, cujas penas, somadas, podem chegar a 22 anos de reclusão, se condenados.
O nome da operação é referência a termo utilizado no jogo do xadrez que significa “eu arrumo”, para indicar que os investigados criavam (arrumavam/arranjavam) empresas para desvio de valores e consequente lavagem de ativos.
Com informações da Agência Brasil