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Brasil

Criança é baleada em escola durante tiroteio na Maré, no RJ; ação da polícia deixa 3 mortos

Operação policial na Maré provoca tiroteio que atinge aluno, fecha serviços e afeta campus da UFRJ

Redação Jornal de Brasília

26/11/2025 13h37

Tiroteio maré

Foto: Reprodução

YURI EIRAS E BRUNA FANTTI
FOLHAPRESS

Uma criança de 10 anos foi baleada dentro de uma escola municipal no complexo da Maré, no Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira (26), durante um tiroteio. A Polícia Civil faz uma operação na região e a Linha Amarela, uma das principais vias expressas da cidade, está com interdições intermitentes.

A ação deixou três mortos. Segundo a Polícia Civil, os mortos eram suspeitos de atuar como seguranças de uma liderança do tráfico, que não teve o nome revelado. Um suspeito foi preso, e dois fuzis e pistolas foram apreendidos.

A Polícia Civil afirmou que recebeu informações de inteligência de que traficantes de uma facção se preparavam para invadir uma comunidade do complexo da Maré dominada pelo grupo rival.

O conjunto de 16 favelas tem localidades controladas pelo CV (Comando Vermelho) e pelo TCP (Terceiro Comando Puro). Segundo moradores, os tiroteios se concentram na Vila do João e Vila do Pinheiro, dominadas pelo TCP.

A criança baleada é estudante do 6° ano da escola municipal Hélio Smidt e foi atingido por um disparo na perna esquerda enquanto estava no pátio. Ele foi atendido na clínica da família e teve o projétil removido. Depois, foi transferido ao hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha.

Segundo a secretaria municipal de Educação, ele não corre risco de vida. A ambulância que resgatou a criança precisou aguardar para entrar na Maré por conta dos tiroteios, e também teve dificuldade para sair.

Por conta de falta d’água, os alunos das escolas públicas da Maré foram liberadas mais cedo, por volta das 11h, momento em que começou o tiroteio.

O tiroteio impactou também a Cidade Universitária, principal campus da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), localizado na ilha do Fundão. Um helicóptero da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) pousou em uma área de gramado do campus, na altura do edifício que abriga a FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo) e a Escola de Belas Artes.

Em nota à imprensa, a UFRJ disse que o helicóptero pousou por três minutos para verificar possível pane.
Em outro prédio, o do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, um tiro atingiu a parede de uma das salas de aula, que estava ocupada por estudantes. A UFRJ afirmou que não houve feridos. Há também relato de tiro em um banheiro feminino de outro prédio do campus.

A UFRJ divulgou nota suspendendo as aulas nos turnos da tarde e da noite no campus da ilha do Fundão. A universidade afirmou que estudantes que perderam provas desta quarta terão direito à segunda chamada, e alunos que não foram à aula terão abono de faltas.

As aulas nas escolas públicas da Maré foram suspensas, e as unidades de saúde do conjunto de favelas também fecharam as portas por segurança.

Torcedores do Flamengo programam para a tarde desta quarta um “Aerofla”, em que se concentram no aeroporto internacional do Rio, o Galeão, para se despedir do elenco que viaja para Lima, no Peru, para disputar a final da Libertadores no sábado (29).

A programação da prefeitura prevê alterações intermitentes no trânsito, principalmente na entrada das ilhas do Governador e do Fundão, durante o percurso do ônibus que leva a delegação. Organizadores e prefeitura ainda não se manifestaram se o evento está mantido.

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