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Brasil

CPF de filho de Bonner é clonado; fraudador pediu auxílio emergencial e foi aprovado

Apresentador do Jornal Nacional voltou ao Twitter após quase um ano para relatar o problema. Caso mostra supostas falhas no sistema de avaliação da Dataprev

Willian Matos

21/05/2020 10h42

O jornalista William Bonner voltou ao seu perfil oficial no Twitter para contar uma história de fraude contra um de seus filhos, o jovem Vinícius Bonner, 22 anos. O problema envolve não só o garoto, mas o sistema criado pelo governo federal para conceder o auxílio emergencial de R$ 600 à população. Entenda:

Bonner conta que, há três anos, Vinícius é alvo de estelionatários que usam seu CPF para fraudes como abertura de empresas, contratação de serviços de TV por assinatura, entre outras. Desde então, a família trava um imbróglio na Justiça para corrigir o problema.

Segundo o apresentador do Jornal Nacional, já recomendaram até mesmo a troca de CPF, mas o processo seria de longa de provação, “em que tempo e dinheiro se esvaem no desenrolar”, conta Bonner.

No entanto, na última terça-feira (19), a família teve uma surpresa. O jornal Meia Hora obteve uma informação de que o CPF de Vinícius foi utilizado para solicitação do auxílio emergencial. O Meia Hora teria entrado em contato com a família, que informou que não fez pedido algum. “O jornal, corretamente, não publicou a matéria”, conta o apresentador.

Contudo, ao apurar os fatos, Bonner descobriu que o auxílio foi aprovado no CPF do garoto. A família, então, constatou que algum fraudador solicitou o benefício com os dados de Vinícius.

https://twitter.com/realwbonner/status/1263458053086740481?s=19

Além do problema de fraude no CPF de Vinícius, há a questão socioeconômica, como bem frisa Bonner. O sistema da Dataprev aprovou o benefício ao CPF de alguém que não teria direito ao auxílio, indicando uma falha na apuração do órgão neste sentido.

“Quantos entre esses realmente fraudaram o programa?” pergunta o apresentador. “Não se zelou pela aplicação do dinheiro público? Quem protege os cofres públicos da ação de estelionatários?”

Bonner finalizou afirmando que apresentará uma queixa-crime. A Dataprev não havia se pronunciado até a última atualização desta reportagem.

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