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Brasil

Covid: Queiroga critica alteração no intervalo entre doses de vacinas

Até então as alterações foram anunciadas relacionadas aos imunizantes da AstraZeneca e Pfizer

Geovanna Bispo

13/07/2021 16h22

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, após conversa com governadores nesta terça-feira (13), informou que a pasta ainda irá discutir uma orientação nacional sobre a alteração no intervalo entre as doses das vacinas contra a covid-19. O Distrito Federal foi um dos que decidiram mudar o período.

Queiroga ainda criticou gestões estaduais que tem, individualmente, anunciado mudanças nesse período. Até então as alterações foram anunciadas relacionadas aos imunizantes da AstraZeneca e Pfizer, com o objetivo de aumentar a segurança contra a variante Delta, que tem circulado no país e que é mais transmissível.

Segundo o ministro, semanalmente o Programa Nacional de Imunização (PNI) se reúne para discutir as melhor decisões na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que reúne o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems). De acordo com Queiroga, a decisão de mudar o intervalo vai contra ao que o PNI define.

“Ocorre que alguns secretários tomam deliberações baseados, naturalmente, no entendimento deles, e que isso, de uma certa maneira, rompe o pacto que foi tratado no PNI. Então a decisão que nós tomamos hoje é que se mantenha a higidez do PNI”, disse Queiroga. “De nada adianta essas discussões em redes sociais, que ‘fulano de tal fez isso’, ‘fulano de tal fez aquilo’, isso não resolve”, concluiu.

Queiroga ainda reforçou que essa mudança não está cientificamente comprovada no combate às variantes. “Variante Delta. Quais são as evidências de que temos uma progressão da Variante Delta no Brasil? Não temos. No entanto, nós não devemos esquecer que, não só a variante Delta, como outras variantes, podem surgir. A AstraZeneca: se fala em reduzir o prazo de aplicação. Os pesquisadores de Oxford falam que se alargar o período de aplicação entre a primeira e a segunda dose isso poderia ter um cenário mais favorável”, continuou.

“Então, vamos deixar os técnicos decidirem isso. Eles são as pessoas mais indicadas para tomarem as decisões técnicas, até porque vocês mesmos, como nós, defendemos a medicina baseada em evidências”, completou o ministro.

Durante a reunião, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), informou que, até quinta-feira (15), o Fórum Nacional de Governadores encaminhará ao PNI um pedido formal para que as mudanças sejam feitas nacionalmente. “Nós vamos encaminhar formalmente ao PNI, à Comissão Intergestores Tripartite, para ser uma decisão nacional, em relação a antecipar ou não a segunda dose, se tiver antecipação o que é possível, quais as vacinas”, disse Dias. “Nós tomamos a decisão de trazer hoje aqui, nessa reunião do ministério com todos os estados, e vamos adotar aquilo que for aprovado pelo Plano Nacional de Imunização”, concluiu.

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