VINICIUS SASSINE
BELÉM, PA (FOLHAPRESS)
A Polícia Federal entrou na investigação do incêndio que destruiu parte dos pavilhões na área central da COP30 e que interrompeu as negociações da conferência por mais de seis horas nesta quinta-feira (20).
A zona azul foi integralmente esvaziada após as chamas, que foram debeladas em minutos, sem se espalharem para outras estruturas inflamáveis da área erguida no Parque da Cidade, em Belém.
Os trabalhos foram normalizados e retomados nesta sexta (21), que deveria ser, formalmente, o último dia da COP30. As negociações podem avançar pelo sábado.
As causas do incêndio são investigadas pela PF desde quinta, segundo a superintendência da polícia no Pará.
“Peritos especializados em incêndios foram enviados de Brasília e chegam nesta sexta-feira a Belém para finalizar o laudo”, disse a PF, em nota.
Os peritos poderão dar respostas para o que efetivamente ocorreu.
No calor do acontecimento, o ministro Celso Sabino (Turismo), que estava no corredor central da “blue zone” quando ocorreu o incêndio, chegou a dizer que o carregamento de um celular na tomada poderia ter desencadeado o fogo.
Depois, o Governo do Pará divulgou informação, atribuída ao Corpo de Bombeiros, sobre a causa estar associada, a princípio, a um aparelho eletrônico no pavilhão onde se deu o incêndio. Um micro-ondas chegou a ser citado.
Até agora, DMDL a empresa contratada para erguer a “blue zone” e OEI (Organização dos Estados Iberoamericanos) a entidade contratada pelo governo federal e que fez as subcontratações se mantêm em silêncio sobre o incêndio.
O governo federal afirmou que a princípio a causa não estaria associada à estrutura da “blue zone”.
A própria ONU, em carta ao governo em que reclamou da infraestrutura oferecida para a COP30, apontou falhas no sistema elétrico como um dos problemas enfrentados durante a conferência.