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Brasil

Comunidades quilombolas do Amapá recebem apoio da PPA Solidariedade para enfrentamento da Pandemia

Mais de 9 mil quilombolas já foram assistidos desde o início da pandemia

Redação Jornal de Brasília

07/05/2021 17h02

A Ecam Projetos Sociais e Conaq/AP expandiram ações de enfrentamento à Covid -19 no Amapá, com apoio da PPA Solidariedade. A parceria foi firmada em 2021, para apoiar o combate a segunda onda da pandemia na Amazônia. Entre as ações realizadas está a entrega de cestas básicas e EPIs.

Nas últimas semanas, o Brasil segue acompanhado o alto número de casos por Covid-19. No Amapá, os hospitais seguem lotados e agora precisam enfrentar os novos casos da variante do coronavírus. De acordo com o relatório epidemiológico divulgado nesta quarta-feira, 05 de maio, o estado totaliza mais de 106 mil casos de contaminados e mais de 1.500 destes casos vieram a óbito.

A situação é ainda mais preocupante para as comunidades quilombolas que, muitas vezes isoladas, precisam lidar com o pouco acesso à saúde, informação e saneamento básico, além da instabilidade para adquirir renda. Cerca de 70% das comunidades quilombolas do país sobrevivem da agricultura familiar, atividade que tem sido bastante afetada neste período.

Diante disso, a Ecam Projetos Sociais e Conaq/Amapá desenvolveram atividades para amenizar os impactos da Covid-19 nas comunidades quilombolas do estado, como a distribuição de máscaras, cestas básicas e kits de higiene para 60 comunidades quilombolas. O apoio da PPA Solidariedade irá possibilitar a ampliação do alcance das ações às comunidades quilombolas que serão assistidas através da parceria.

A iniciativa de mitigação dos impactos da Covid-19 em comunidades quilombolas possui duas frentes de atuação, sendo a primeira destinada à entrega de insumos hospitalares de primeira necessidade, como EPIs e equipamentos para uso dos agentes de saúde comunitários, e a segunda destinada à garantia alimentar e ao auxílio emergencial para comunidades em situação de vulnerabilidade. Ao todo, mais de 9 mil quilombolas foram apoiados desde agosto do ano passado.

“A continuidade do apoio às comunidades quilombolas no Amapá é de suma importância e, infelizmente, a situação tem se agravado com as novas variantes da COVID-19. As ações que visam garantir a segurança alimentar e a proteção dos agentes comunitários de saúde é fundamental para garantir a (r)existência destas comunidades quilombolas no estado”, afirma Meline Machado, coordenadora da iniciativa.

Não é de hoje que as organizações trabalham juntas com ações voltadas para as comunidades quilombolas do Amapá. As populações já participaram de oficinas de levantamento e análise de dados socioeconômicos, onde puderam perceber as principais potencialidades e desafios dos territórios para reivindicar políticas públicas. Por meio dos levantamentos, foi possível identificar o difícil acesso, a pouca infraestrutura e as doenças mais frequentes nos quilombos, incluindo alguns agravantes para a Covid-19, como pressão alta e diabetes.

Outras ações da Ecam Projetos Sociais na região

Durante a entrega do apoio emergencial, foi realizado um levantamento sobre a agricultura familiar quilombola do Amapá, por ser uma das principais fontes de renda das populações. Com o diagnóstico finalizado foi possível identificar alguns dos principais desafios para a comercialização dos produtos da agricultura familiar quilombola, tais como: precariedade das vias de acesso e dificuldade no transporte para escoamento da produção, falta de assistência técnica e de acesso às políticas públicas, barreiras administrativas das associações, etc. importante destacar que estes entraves estão interligados e que para solucioná-los é preciso fortalecer ainda mais as comunidades quilombolas e suas organizações representativas.
O diagnóstico surge para apoiar nas construção de estratégias voltadas ao fortalecimento da produção da agricultura familiar quilombola e diminuir a insegurança alimentar nos territórios.

Sobre a PPA Solidariedade

USAID, NPI Expand, a Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) e a SITAWI Finanças do Bem se uniram para criar uma parceria para ajudar a combater a Covid-19 no Brasil. A “PPA Solidariedade: Resposta à Covid-19 na Amazônia” é uma iniciativa que engaja o setor privado em parcerias estratégicas para alavancar soluções inovadoras e escaláveis para fortalecer a resposta rápida a emergências e ao combate a Covid-19.

A iniciativa trabalha com parceiros da sociedade civil e do setor privado em quatro linhas de ação: Mobilizar campanhas de comunicação sobre os riscos e o engajamento das comunidades em medidas de mitigação e proteção para enfrentar a Covid-19 e capacitar as comunidades vulneráveis e/ou isoladas para proteger-se contra a exposição e transmissão do vírus 9; Promover medidas de prevenção e controle de infecções em instalações de saúde e nas comunidades; Apoiar o sistema de saúde local (hospitais, postos de saúde e unidades/serviços de saúde comunitários) para responder e controlar a Covid-19 por meio de serviços de saúde e vigilância; Apoiar empreendedores, pequenos negócios de impacto social e startups, grupos de produtores e cooperativas com pequenos aportes financeiros, serviços de assessoria empresarial e acesso a empréstimos a juros baixos ou microcrédito.

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