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Brasil

Chuva forte voltará ao Rio de Janeiro na próxima sexta-feira, diz Inmet

A tempestade provocou mortes, alagamentos e impactos no sistema de transporte e de energia elétrica da cidade

Redação Jornal de Brasília

14/01/2024 20h44

BRUNO KAIUCA / AFP

PATRÍCIA PASQUINI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A forte chuva deste final de semana no Rio de Janeiro foi causada pela combinação de três fatores: calor e umidade, a passagem de uma frente fria pelo alto-mar e uma área de baixa pressão.

A tempestade provocou mortes, alagamentos e impactos no sistema de transporte e de energia elétrica.

De acordo com Andrea Ramos, meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a chuva forte voltará ao Rio na próxima sexta-feira (19).

O QUE CAUSOU A CHUVA FORTE NO FINAL DE SEMANA?

“Neste final de semana formou-se um centro de baixa pressão no litoral entre São Paulo e Rio de Janeiro. Na sexta já tinha provocado aquela quantidade de chuva registrada em nossas estações, principalmente em São Paulo. E no sábado seguiu praticamente assim: durante o dia ficou com muita nebulosidade, as temperaturas altas e, a partir daí, ocasionou justamente o conjunto desse centro de baixa pressão com cavados [áreas de instabilidade] aumentando a umidade e, em função justamente do calor, proporcionou as chuvas com volumes bastante significativos”, explica Andrea Ramos.

O Inmet havia emitido um alerta de “grande perigo” referente à quantidade de chuvas em trechos do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.

Segundo a meteorologista, o centro de baixa pressão não dissipa rapidamente. Ele mantém e alimenta as instabilidades e as chuvas que vieram em forma de pancadas, com trovoadas, rajadas e em volumes significativos.

No Rio de Janeiro é esperado para o mês em torno de 140 milímetros de chuva. Nas últimas 24 horas, algumas estações do Inmet chegaram a 151,8 milímetros. Foi o caso da Vila Militar.

Até março, haverá condições para muita chuva no estado do Rio de Janeiro, de acordo com Andrea Ramos.

“Estamos no El Niño, que proporcionou um ano atípico em 2023. As chuvas, que geralmente acontecem em novembro e dezembro com maior frequência, ficaram irregulares e até atrasaram por conta dele. Por isso, nós tivemos em novembro as ondas de calor. Em janeiro, ele ainda está atuando, mas a partir do mês que vem começará a perder força”, diz.

“Um fator que influencia nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste é o calor. Mantendo esse calor e com a umidade que é favorecida, esse canal de umidade que se forma típico na época do verão ?vou deixar bem claro que o verão é isso, o verão é chuva, o verão tem essa característica, e os valores de chuvas são maiores sempre em dezembro e janeiro? tem uma tendência de persistir”, reforça.

COMO SERÃO OS PRÓXIMOS DIAS?

  • O Rio de Janeiro deverá ter chuvas isoladas até segunda-feira (15), com temperatura na casa dos 30ºC.
  • Na terça, poderá chegar a 33ºC ou 34ºC, e na quarta, 36ºC, com pouca condição de chuva ?situação que permanecerá até quinta-feira.
  • Na sexta-feira, a formação de um ciclone no Rio Grande do Sul vai mexer com o tempo também no Sudeste e provocará a aproximação de uma frente fria com chuva forte no Rio de Janeiro e em São Paulo.
  • “No Rio, será muito parecido com o que ocorreu neste final de semana”, alerta Andrea Ramos. Por causa da chuva, o calor deverá dar uma trégua, com temperaturas abaixo dos 30ºC.
  • A chuva será em forma de pancadas com trovoadas, rajadas de vento e a possibilidade de queda de granizo.

Em São Paulo, a tempestade atingirá principalmente a faixa leste, já na madrugada de sexta e depois irá para o sul e o centro de Minas Gerais. No final de semana alcançará o Espírito Santo.

O Inmet pede que, em caso de inundação, os moradores dos locais afetados protejam os pertences da água envoltos em sacos plásticos e que busquem informações junto à Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros.

Não se abriguem debaixo de árvores, uma vez que há risco de queda e descargas elétricas, e não estacionem veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. Aparelhos elétricos e o quadro geral de energia também podem ser desligados.

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