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Brasil

Chefe do PCC é solto por abordagem policial errada

O ministro do STJ entendeu que a abordagem policial foi feita de maneira ilegal, apenas por julgá-lo ter um comportamento “estranho”

Camila Bairros

15/06/2023 8h07

Sérgio Lima/ AFP

Leonardo da Vinci Alves de Lima, conhecido como um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo, estava detido no presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau, no interior paulista, mas foi solto após determinação do ministro Sebastião Reis Junior, do Superior Tribunal de Justiçaa (STJ).

O magistrado entendeu como ilegal a abordagem policial em São Paulo, já que os militares informaram ter abordado Leonardo após um “comportamento estranho do réu”.

“Transitava com a motocicleta prata, quando se deparou com patrulha da polícia militar, momento em que subiu na calçada e parou, deixando transparecer o nervosismo, o que ocasionou a abordagem. Com Leonardo, havia R$ 1.010,00 e celular, o qual, durante a averiguação, ele tentou quebrar e correu rumo à viela, sendo, no entanto, alcançado. Questionado, informalmente, admitiu aos policiais que pertencia à facção criminosa e comercializava entorpecente, detalhando que contabilizava o tráfico e distribuía drogas em três dos pontos de venda que havia na favela de Paraisópolis e, também, em bairros da região do ABC”, diz o documento do STJ ao absolver o réu.

A soltura do líder do PCC vem recebendo críticas. De acordo com a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), a polícia lida diariamente com análises comportamentais, e que qualquer um é capaz de perceber o nervosismo, seja esta definição subjetiva ou não.

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