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Brasil

Caso Daniel: Empresário suspeito de executar jogador usa moto de preso

Arquivo Geral

10/11/2018 14h44

A motocicleta encontrada na casa do empresário Edison Brittes, principal suspeito pela morte do jogador de futebol Daniel Freitas, está no nome de um traficante de drogas preso. Agora, a ligação entre Brittes e o criminoso será investigada pela Polícia Civil do Paraná.

O veículo Honda CBR 1000R, placas AVB 3001, de São José dos Pinhais (PR), está no nome de Celso Alexandre Pacheco Quevedo, detido por tráfico na Casa de Custódia da cidade, na Grande Curitiba. No nome dele há 12 processos – dez deles no Paraná. A moto está bloqueada desde 2016, por falta de pagamentos de multas e IPVA.

De acordo com a Justiça, Quevedo foi detido pela Polícia Federal por “associação para tráfico de drogas em São José dos Pinhais com ramificações nos Estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso”.

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Segundo Amadeu Trevisan, delegado responsável pelo caso, a apuração sobre o relacionamento entre o empresário e Quevedo só deve ser feita após o encerramento do inquérito sobre o homicídio do atleta, que foi espancado, cortado e teve o pênis decepado.

Brittes, que confessou o crime, está preso. Ele afirmou que Daniel tentou estuprar a mulher do empresário, Cristiana. Ela e a filha, Allana, também estão detidas. A polícia desconfia da versão da família porque, na noite do crime, o jogador estava embriagado demais para tentar o ataque sexual.

“Ninguém anda com uma moto de um patrão do tráfico assim”, afirmou à TV Globo o promotor Milton Sales, que acompanha a investigação. O Ministério Público pretende instaurar dois inquéritos para investigar os fatos.

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Nova testemunha: A Polícia Civil afirmou ainda que será ouvida na próxima semana uma testemunha. O delegado disse ter informações sobre um suposto pedido de Brittes para que Daniel fizesse sexo com Cristiana.

“Ele disse que estava muito louco, que convidou Daniel para dormir com a mulher dele. Ele sabia, a mulher também, foi um acordo. E depois que ele viu que realmente os dois estavam juntos na cama ele se revoltou e resolveu matá-lo”, comentou o rapaz que não quis se identificar.

Ainda segundo a testemunha, Edison Brittes teria confessado a um amigo que usou drogas antes do crime, como cocaína e ecstasy. “A família tem direito de saber que Daniel não tentou estuprar ninguém, ele realmente é inocente na história”.

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