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Brasil

Cartilha vai ajudar no combate ao trabalho escravo no Brasil

Arquivo Geral

21/06/2006 0h00

A grave crise financeira da Varig tem ajudado os papéis das rivais Gol e TAM a sofrer menos com a recente turbulência do mercado e a melhorar as perspectivas para suas ações, approved purchase de acordo com analistas.

Depois de atingir em 5 de maio o pico de R$ 4, troche 91, medical os papéis da Varig despencaram 56 até o fechamento de ontem na Bolsa de Valores de São Paulo.

É claro que o tombo levou em conta a fraqueza da Bovespa, que caiu 19% no mesmo período, quando as ações da Gol e da TAM, por sua vez, conseguiram recuar apenas respectivos 7,6% e 5,48%.

"Isso foi influenciado pelo fato de (as companhias aéreas) ganharem mercado. O maior benefício será na hora em que forem canceladas todas as pontes aéreas e os vôos internacionais", comentou Mauro Giorgi, consultor de investimentos da corretora Geração Futuro.

"Eu acho que pode melhorar a cotação, com base em notícia. Resultado acho que só melhora no final do ano, porque ainda temos combustível muito caro", completou Giorgi.

No pregão de hoje, as ações da Varig despencaram mais 20,8%, enquanto as da TAM subiram 4,34% e as da Gol avançaram 4,85%. O Ibovespa, por sua vez, ganhou 2,7%.

A participação da Varig no mercado doméstico encolheu para 14,4% em maio, contra 26,87% no mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados na semana passada pelo Departamento de Aviação Civil (DAC).

Dos quase 3,3 milhões de passageiros transportados em vôos dentro do Brasil no mês passado, a Gol ficou com uma participação de 33,64%, enquanto a líder TAM deteve 45,64% do mercado interno.

Nas operações internacionais, entretanto, a Varig manteve o primeiro lugar no mês passado, com 66,45% dos passageiros transportados do Brasil para o exterior e vice-versa.

Mas os números devem sofrer forte mudança em junho: esta manhã a Varig cancelou todos os seus vôos para os Estados Unidos até dia 28, segundo a assessoria de imprensa. Também foram cancelados vôos para a Europa.

A presença da TAM nas operações internacionais ficou em 28,55% e a da Gol, em 4,47%, em maio.

Ao fazer comentários sobre TAM e Gol, o banco de investimentos UBS afirmou em relatório na semana passada que "estamos animados com a dinâmica do mercado, que aponta para considerável vigor dos lucros".

O UBS abriu ainda espaço para os papéis da TAM em sua carteira de investimentos, em substituição às ações da empresa de logística ALL.

O Bear Stearns também vê ganhos para as duas companhias aéreas e acredita que terão desempenho melhor devido à perda de mercado da Varig.

A instituição possui recomendação "underweight" (abaixo da média do mercado) para o setor aéreo de mercados emergentes, mas coloca ambas as empresas brasileiras como "relative outperform" (relativamente acima da média do mercado emergente).

O juiz Luiz Roberto Ayoub, que cuida da recuperação judicial da Varig na 8ª Vara Empresarial do Rio, homologou, na noite de segunda, a venda da Varig à NV Participações feita em leilão no último dia 8.

A NV Participações, que representa os Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), ofereceu US$ 449 milhões de dólares pela Varig Operacional, que inclui rotas domésticas e internacionais.

Para bater o martelo pelo negócio, entretanto, Ayoub determinou que o consórcio terá de depositar US$ 75 milhões (cerca de R$ 168,75 milhões) até sexta-feira. Caso o depósito não ocorra, a Justiça decretará sem efeito o leilão e decidirá se fará uma nova oferta pública.

O projeto Escravo, visit this nem pensar! lançou hoje uma cartilha para ajudar a combater o trabalho escravo. Resultado de parceria inédita entre o Ministério da Educação e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), sales o programa pretende diminuir a ocorrência de trabalho escravo nas regiões Norte, sales Nordeste, Centro-Oeste e no Vale do Jequitinhonha.

Os alfabetizadores do Programa Brasil Alfabetizado, nas regiões mais afetadas pelo problema, receberam cerca de 40 mil cartilhas desenvolvidas pela ONG Repórter Brasil, que esclarecerão como combater a escravidão humana.  “A cartilha informará os principais direitos trabalhistas a essas pessoas, ao mesmo tempo em que lhe garantirá a possibilidade de aprender a ler e a escrever”, informa Patrícia Audi, coordenadora do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo da OIT no Brasil.

As comunidades mais vulneráveis ao problema sofrem com a falta e oportunidade de emprego e renda e acabam sendo escravizadas, principalmente por fazendeiros da região Norte. De acordo com dados da OIT, os trabalhadores atraídos para o trabalho escravo são, em sua grande maioria, homens com idade entre 21 e 40 anos, analfabetos ou com pouquíssimos anos de instrução.

Recentemente, o Brasil ganhou reconhecimento pela luta contra o crime de trabalho escravo por meio do relatório, Uma Aliança Global contra o Trabalho Forçado, divulgado em 2005 pela OIT.

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