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Brasil

Brasileiro de máfia japonesa condenado por assassinato é preso em SP

Plano dos criminosos falhou. O plano dos homens era sequestrar Inagaki e conseguir dinheiro através do resgate dele

Redação Jornal de Brasília

11/03/2024 15h00

Foto: Reprodução

THIAGO BOMFIM

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

Alexandre Hideaki Miura, condenado no Japão pela morte de um empresário em 2001, foi preso na Cidade Kemel, em São Paulo, na manhã deste domingo (10).

Miura é associado à Yakuza, maior máfia do Japão. Alexandre Miura, preso pela Polícia Militar na manhã deste domingo, em São Paulo, era associado à Yakuza e chegou a ser condenado pela morte de um empresário em 2001, na cidade de Nagoya, no Japão.

Homem responde na Justiça desde 2017. Aos policiais, Miura teria dito que foi indiciado e responde pelos crimes cometidos no Japão desde 2017. Ele foi preso nesse ano de maneira preventiva, mas solto em 2020. Em 2022, a Justiça Federal o condenou a 30 anos de prisão pelos seus crimes, e ele era fugitivo desde então.

EMPRESÁRIO FOI SEQUESTRADO, MORTO E CIMENTADO

Miura participou de crimes relacionados à máfia japonesa. Segundo o Ministério Público Federal, Miura e outros seis homens foram responsáveis pelo sequestro, assassinato e ocultação do cadáver do empresário Harumi Inagaki. Sua companheira, Takako Katada, também foi alvo de agressões.

Plano dos criminosos falhou. O plano dos homens era sequestrar Inagaki e conseguir dinheiro através do resgate dele.

Entretanto, no momento do sequestro, o empresário reagiu e um dos criminosos o matou com dois tiros. Do corpo do empresário, levaram 1,6 milhão de ienes (R$ 54 mil) e pediram mais 50 milhões de ienes (R$ 1,7 milhão) como resgate à namorada de Inagaki, que ainda não sabia de sua morte.

Corpo foi cimentado e jogado em rio. Depois que o empresário morreu, Miura e os outros criminosos cimentaram seu corpo e o jogaram em um trecho profundo do rio Uso. Mais tarde, a polícia descobriu também o envolvimento de Inagaki com a Yakuza.

Miura “sabia de todos os detalhes”, dizem procuradores. Segundo o MPF, o brasileiro “sabia de todos os detalhes do sequestro, tais como o emprego de arma de fogo, e assumiram, desde o início, o risco pela eventual morte da vítima ou de terceiro”. Vinte dias após o crime, ele fugiu para o Brasil, onde foi preso.

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