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Brasil vai transportar 15 estrangeiros sul-americanos no último voo que vem de Tel Aviv

Vieira destacou que os estrangeiros são bolivianos, argentinos, paraguaios e uruguaios que irão embarcar em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB)

Redação Jornal de Brasília

18/10/2023 14h16

Foto: Joédson Alves/AFP

O chanceler do Brasil, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira, 18, que o governo brasileiro vai contribuir para a repatriação de 15 estrangeiros que estão em Israel e querem voltar para a América do Sul.

Vieira destacou que os estrangeiros são bolivianos, argentinos, paraguaios e uruguaios que irão embarcar em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB). Com todas as operações de repatriação do Brasil, o número de brasileiros que saíram de Israel chegou a 1 137.

Já os 32 brasileiros que estão na Faixa de Gaza ainda esperam o aval para cruzar a passagem de Rafah, na fronteira do enclave palestino com o Egito.

Segundo o chanceler, o avião da FAB que está disponível para buscar os brasileiros em Gaza saiu de Roma, na Itália, chegou ao aeroporto Al Arish, no nordeste do Egito, próximo a fronteira com a Faixa de Gaza, para transportar mantimentos e ajuda humanitária ao enclave palestino. A aeronave se deslocou para a capital do país, Cairo, e espera a saída dos brasileiros da Faixa de Gaza.

Viera também afirmou que o Brasil tem outro avião que está em Roma, podendo atender tanto os que estão em Gaza quanto um último voo de Tel Aviv.

Resolução do Brasil no Conselho de Segurança

O ministro das Relações Exteriores do Brasil também lamentou o veto dos Estados Unidos uma proposta de resolução patrocinada pelo Brasil. O projeto previa pausas humanitárias no confronto e condenação dos ataques terroristas. Segundo a diplomacia dos EUA, o veto se deve à ausência de menção ao direito de autodefesa de Israel, apoiado por Washington.

“O Brasil apresentou uma resolução na qualidade de presidente do Conselho de Segurança, e houve uma solicitação da maioria dos membros para que a presidência fizesse consultas de um texto de forma que acomodasse e fosse mais palatável a todos. Apresentamos depois de intensas e múltiplas consultas um texto que foi aceito por 12 dos 15 membros, esse texto focava na cessação de hostilidades e criando passagem humanitária para que fosse possível sair da Faixa de Gaza e estabelecer o envio de ajuda humanitária”, apontou Vieira. “Infelizmente não foi possível aprovar essa resolução e ficou clara a divisão de opiniões, mas fizemos todo o esforço para que cessassem as hostilidades e fosse possível dar algum tipo de assistência a população de Gaza.”

A resolução teve 12 votos a favor, 1 veto e 2 abstenções – de Rússia e Reino Unido. Dos membros permanentes, China e França votaram a favor do projeto brasileiro, como haviam indicado na véspera.

A resolução obteve o mínimo de 9 votos para aprovação, mas acabou barrada pelo veto dos EUA, um membro permanente do Conselho de Segurança. Para ser aprovada, uma resolução exige a aprovação de 9 dos 15 membros do órgão, e nenhum veto dos cinco com assento permanente -EUA, China, Rússia, França e Reino Unido

Desde 2016 o conselho não emite uma resolução sobre o Oriente Médio, situação que coloca mais pressão sobre o órgão, criticado pela ineficiência em relação à Guerra da Ucrânia.

Estadão conteúdo

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