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Brasil

Boi: planta tóxica mata até 42 mil cabeças por ano no Rio Grande do Sul, alerta Emater-RS

Segundo a secretaria, por razões ambientais e características fenológicas, a planta é abundante

Redação Jornal de Brasília

20/12/2023 19h06

Foto: Wenderson Araujo/Trilux

O município gaúcho de Eldorado do Sul está com uma infestação “muito alta” de uma planta da espécie Senécio madagascariensis, popularmente conhecida como “maria-mole” e extremamente tóxica ao gado. Esta planta é responsável, no Estado, pela morte de 30 mil a 42 mil cabeças por ano. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 20, pela Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, em evento promovido pela Emater-RS.

“Plantas do gênero Senecio são as mais importantes no Rio Grande do Sul sob o ponto de vista toxicológico, causando graves prejuízos à cadeia produtiva da bovinocultura”, confirmou, em nota da pasta, o pesquisador Fernando Castilhos Karam, do Laboratório de Histopatologia do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor. “A letalidade é praticamente 100%.”

Segundo a secretaria, por razões ambientais e características fenológicas, a planta é abundante e se tornou a maior causa de morte de bovinos no Estado, oscilando em algumas regiões com a tristeza parasitária bovina). “A lotação animal maior que a oferta de pasto parece ser o principal fator que favorece a ingestão, o que é comum de ocorrer no outono/inverno, justamente quando a maioria das espécies está em crescimento e quando concentram maior teor tóxico”, detalha o técnico na nota.

A mesma pesquisa será executada no município de Guaíba (RS) em 2024. “O estudo pode ser extrapolado para outras unidades ou regiões, já que a planta ocorre em todo o Estado”, finaliza.

Estadão Conteúdo

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