30 policiais militares do Paraná foram presos suspeitos de ajudar contrabandistas vindos do Paraguai. O grupo estaria lucrando ao cobrar propina dos criminosos e revender parte da mercadoria trazida por eles.
O Estado do Paraná é porta de entrada para o contrabando de perfumes, eletrônicos, armas e drogas lícitas e ilícitas vindas do Paraguai. Áudios obtidos pelo Ministério Público Estadual e pela Corregedoria da PM e divulgados pelo Fantástico no domingo (8) revelam um esquema de cobrança de propinas para liberação de cargas e desvio de mercadoria apreendida.
Para não levantar suspeitas, os policiais preenchiam boletins de ocorrência sobre as apreensões, mas com informações falsas. Eles apresentavam para a Receita Federal apenas uma pequena parte do que era apreendido. O restante era vendido para comerciantes da região abaixo do valor de mercado.
Em uma das negociações gravadas, com um contrabandista para a liberação de uma carga de cigarros, os policiais pediram R$ 200 mil reais e o acerto ficou em R$ 150 mil, com a garantia de escolta da carga com as próprias viaturas da polícia.
Suspeita-se que os policiais criminosos tenham lucrado mais de R$ 10 milhões com o contrabando. Entre os PMs presos está o capitão Rodrigo dos Santos Pereira, acusado de receber mensalmente para encobrir o esquema.
A Polícia Militar