De acordo com mensagens encontradas no celular da babá de Henry, a polícia constatou que o vereador Dr. Jairinho (sem partido) enforcou e agrediu a professora Monique Medeiros cinco dias antes da morte da criança.
A babá, Thayná de Oliveira Ferreira, disse que Jairinho arrumou as malas e estava pronto para deixar o apartamento, na Barra da Tijuca (RJ), após uma briga do casal. Segundo ela, o parlamentar estava sem saída porque continuaria arcando com as despesas da professora.
“As malas dele está [sic] lá. Ele bateu nela. Enforcou. E ela disse que ele vai sair. Mas que vai ficar pagando as coisas dela. Senão vai f* ele. Aí ele tá com o rabo entre as pernas”, diz a mensagem.
Em outras mensagens trocadas com o pai, a babá disse que Jairinho “passou o dia todo ligando” para Monique, após as agressões. “Como se nada tivesse acontecido”, escreveu.
De acordo com as investigações, as mensagens da babá são provas de que a mãe de Henry não era manipulada pelo companheiro. Em uma das cartas escritas por Monique, ela relata que sofria agressões desde 2020.
Andamento do caso
O menino Henry foi morto na madrugada do dia 8 de março. Jairinho e Monique, que eram padrasto e mãe da criança, foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, com uso da tortura e meios que dificultaram a defesa da vítima.
O casal está atrás das grades desde o dia 8 de abril por suspeita de atrapalhar as investigações e ameaçar testemunhas.
A Polícia também abriu investigação para apurar um falso testemunho prestado pela babá da criança no seu primeiro depoimento na delegacia