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Brasil

Anafe lança selo de compromisso com a igualdade de gênero

O documento foi apresentado nesta quarta-feira (9), no seminário “Mulheres, Justiça e Futuro”, promovido pela associação

Redação Jornal de Brasília

10/11/2022 12h02

Foto: Divulgação

A Comissão da Mulher da ANAFE promoveu, nesta quarta-feira (09/11), o 1º Seminário com o tema “Mulheres, Justiça e Futuro”. No evento, que contou com atividades durante todo o dia, foi lançado o “Selo de Compromisso com a Igualdade de Gênero” e o “Guia de Boas Práticas em Igualdade de Gênero”, documentos importantes no combate à desigualdade.

Diversidade e pluralidade são questões que precisam ser debatidas e combatidas em toda a sociedade. A Anafe, no papel de uma instituição que atua em defesa de seus membros e também de todo estado brasileiro, celebra o momento que é mais uma ferramenta de construção de uma sociedade mais justa.

Na visão da presidente da Comissão, Herta Rani Teles, a reunião foi um momento importante para pensar em caminhos para um futuro menos áspero para as mulheres. Ela explica que o selo de compromisso será concedido a órgãos e entidades da Administração Pública Federal que se comprometam com a adoção de práticas e programas que promovam a igualdade de gênero no ambiente de trabalho. “Essas iniciativas visam estimular pessoas e órgãos a buscarem o fortalecimento feminino em todas as suas vertentes. Esperamos, com essas iniciativas, reconhecer os trabalhos que já estão sendo feitos e impulsionar ainda mais trabalhos sobre o tema”, explicou. O selo será concedido mediante termo de adesão ou termo de compromisso.

Para Herta, as mulheres já percorreram um longo caminho. Estudar, trabalhar, votar, candidatar-se a cargos políticos e ocupar postos de liderança, por exemplo, são direitos que, segundo ela, foram conquistados recentemente. Portanto, a marca da desigualdade ainda está muito presente na sociedade. “Construir um planeta mais igualitário depende que todas e todos – mulheres, homens, sociedade civil, governos, empresas, universidades e meios de comunicação – trabalhem de maneira direcionada, concreta e sistemática”, ressaltou.

O guia da comissão traz definições importantes como assédio moral, sexual, discriminação e divisão sexual do trabalho. Além disso, compõe diretrizes norteadoras de prevenção e enfrentamento às práticas de discriminação. São cinco capítulos voltado para o tema. O documento pode ser acessado no site da associação.

Uma das integrantes do debate, a Procuradora Federal Chiara Ramos, pontuou que ainda existem políticas públicas que inviabilizam a equidade e a efetiva igualdade. “Isso impede que o nosso país avance como nação. A pluralidade é um valor constitucional. Então, quando falamos sobre a necessidade de composição plural dos espaços do poder de decisão, estamos apenas fazendo honra ao nosso texto constitucional”, disse.

Diversas mulheres participaram do bate-papo, que contou também com histórias pessoais. Dentre elas, a subprocuradora-geral da Fazenda Nacional, Anelize Lenzi; a coordenadora-geral de negociação na PGU, Clara Nitão; a presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada da OAB, Cristiane Damasceno; a secretária-geral de Administração, Iêda Aparecida; a vice-presidente da ANAFE, Luciana Hoff e a chefe de gabinete da Secretaria-Geral de Consultoria, Tahiana Viviani.

Ao final do dia, foi lançado o livro “Subversivas”, da escritora francesa Gisèle Szczyglak. A obra é filosófico pragmática, destinada às mulheres. O intuito é transformar a sociedade e vivenciar a luta pelos seus próprios direitos.

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