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Brasil

Abag: questões do Enem apresentam agropecuária de forma equivocada e pejorativa

A manifestação da Abag ocorre na esteira de uma série de lideranças do setor produtivo que pedem a anulação das referidas questões

Redação Jornal de Brasília

06/11/2023 17h13

Foto: Banco de Imagens

A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) diz que as questões 70, 71 e 89 (referência do caderno branco) do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aplicado ontem apresentam a produção agropecuária brasileira “de forma absolutamente equivocada, pejorativa e descolada de embasamento técnico-científico”. Em nota, a entidade diz que as questões criam desinformação sobre o setor. A manifestação da Abag ocorre na esteira de uma série de lideranças do setor produtivo que pedem a anulação das referidas questões.

Uma das questões citadas pela Abag associa o setor à exploração de “camponeses no Cerrado”, afirmando que o agronegócio promove a “pragatização dos seres humanos e não humanos” e outra vincula o crescimento do desmatamento à expansão da soja e da pecuária na Amazônia. “A inclusão na prova da afirmação de que o agronegócio promove “‘pragatização’ dos seres humanos e não humanos” ressalta um problema conhecido e que precisa ser resolvido pelo governo federal. Estudo recente produzido pela Fundação Instituto de Administração (FIA), entidade vinculada à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA-USP), que analisou 9 mil páginas de 94 livros de editoras que fornecem material didático ao MEC, revelou que 88% das menções ao agronegócio são autorais, sem embasamento científico”, destacou a Abag na nota.

A entidade pede que o Ministério da Educação anule as questões e “esclareça à sociedade como interromperá a desinformação”. “A Abag vai mobilizar outras entidades setoriais, universidades, pesquisadores e educadores para propor apoio ao MEC na atualização do conceito de agronegócio no banco de questões utilizado na elaboração das provas do Enem e demais materiais didáticos distribuídos pelo governo federal”, concluiu a associação na nota assinada pelo presidente, Luiz Carlos Corrêa Carvalho.

Estadão Conteúdo

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