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Brasil

A segurança do País está em xeque e isso não pode continuar

Não podemos mais tolerar a normalização da violência

Redação Jornal de Brasília

08/03/2024 6h53

Foto: Criado por IA

Hoje, trago um alerta para um tema que nos atormenta como nação: a violência. Não podemos mais fechar os olhos para a realidade que nos cerca, nem adiar as ações necessárias para enfrentar esse flagelo que assola nossa sociedade.

É imperativo que todos nós, como representantes do povo e como cidadãos, assumamos a responsabilidade de reverter essa situação.Devemos questionar políticas públicas, fortalecer nossas instituições de segurança, investir em educação, criar oportunidades de emprego e promover uma cultura de paz.

Afinal, o tráfico de drogas, o contrabando de armas, a mineração ilegal de ouro, o roubo de carga, a receptação de produtos roubados, as disputas de terras e as milícias que controlam e exploram comunidades são apenas algumas das feridas abertas em nosso tecido social.

Ao observarmos os indicadores de criminalidade, fica evidente que enfrentamos um desafio imenso. Com mais de 40 mil homicídios por ano e um índice de 23,4 por cada 100 mil habitantes, estamos diante de uma triste realidade que nos coloca em uma posição crítica, ainda mais se comparado a outros países.

Ao analisarmos dados de nações como Estados Unidos, Canadá, Japão e diversos países europeus, percebemos que o Brasil figura entre um dos que apresenta os mais altos índices de violência. Isso não é apenas uma questão de números; é um retrato sombrio de vidas perdidas, de famílias desestruturadas e de comunidades reféns do medo.

Em 33 anos, perdemos mais de 1,4 milhão de brasileiros para a violência, sendo que 835 mil dessas vítimas eram jovens, ou seja, o nosso futuro. Essa é uma guerra civil que assola nossas comunidades, minando os alicerces da sociedade. Essa realidade, inclusive, exige uma resposta urgente, que transcenda as barreiras partidárias e ideológicas. Até porque, se também compararmos esses dados com as perdas em conflitos armados, como os 646.455 soldados norte-americanos que morreram em 34 anos de guerra, é uma triste constatação.

Estamos enfrentando uma luta interna e as vítimas são nossos irmãos e irmãs, filhos e filhas, amigos e vizinhos. O crime organizado se instalou em nossas comunidades, explorando a lei do silêncio, controlando serviços essenciais e elevando os custos para todos nós – o que não pode continuar.

O roubo de carga, por exemplo, impacta diretamente o preço final dos produtos, enquanto o consumo de drogas desestabiliza famílias e sobrecarrega o sistema de saúde. Não podemos mais permitir que o crime dite os rumos do nosso país. É chegada a hora de um pacto nacional, de uma união de esforços para enfrentar essa epidemia de violência.

Reforço que a influência nefasta se estende para além das fronteiras do ilícito, afetando também o fornecimento de serviços essenciais, aumentando custos e prejudicando a qualidade de vida de todos nós – inclusive das empresas, que sofrem com gastos elevados devido à insegurança, transferindo esses ônus para o consumidor final.

Por isso, convoco a todos os cidadãos, independentemente de sua posição política, social ou econômica, a se unirem a nós nessa cruzada pela paz. Não podemos mais permitir que nossas comunidades vivam sob o jugo do medo, que nossos jovens tenham seus sonhos interrompidos pela violência.

Juntos, podemos construir um Brasil mais seguro, mais justo e mais humano. A luta contra esse mal é de todos nós e a responsabilidade de enfrentá-lo também. Que este seja o momento de reflexão, debate e ação para mudarmos o curso dessa realidade e para construirmos um futuro mais promissor.

Da mesma forma, peço aos representantes de cada poder que unam forças, que olhem para além das diferenças ideológicas e partidárias. O momento exige coragem, liderança e compromisso. Não podemos falhar com aqueles que nos confiaram a responsabilidade de criar um ambiente seguro para todos.

Estadão Conteúdo

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