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Brasil

27 morreram na Operação Escudo ação policial na Baixada Santista

A SSP diz que todas as mortes são investigadas “minuciosamente” pela delegacia de Santos e pela Polícia Militar

Redação Jornal de Brasília

04/09/2023 15h00

Danielle Zampollo estava na comunidade Prainha para apurar informações sobre o caso e as mortes da Operação Escudo (Foto: Reprodução)

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

O número de mortos na Operação Escudo chegou nesta segunda-feira (4) a 27, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Essa é a operação mais letal da polícia paulista em mais de 30 anos.

A SSP diz que todas as mortes são investigadas “minuciosamente” pela delegacia de Santos e pela Polícia Militar.

Oitocentas e cinco pessoas foram presas desde o início da operação, em 28 de julho. Segundo a secretaria, desse total, 311 eram procurados pela Justiça e estavam foragidos, suspeitos de crimes como tráfico de drogas, roubo e homicídio.

Governo diz que apreendeu 96 armas e 940 kg de entorpecentes, o que causaria “um prejuízo ao tráfico que já passa dos R$ 2 milhões”.

Relatório do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) apontou que a Polícia cometeu abusos durante operação. Moradores identificaram policiais encapuzados e sem câmeras corporais invadindo casas e destruindo barracos sem ordem judicial.

A população tem se preocupado com possível interesse comercial e imobiliário que algumas empresas mantêm na região. “Acredita-se que há uma ligação entre a violência e os interesses empresariais”, diz o documento da CNDH.

OPERAÇÃO DA PM É A MAIS LETAL DESDE 1992

A Operação Escudo foi iniciada pela PM no litoral paulista após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, em 27 de julho, no Guarujá.

Essa é a operação mais letal da corporação desde o massacre do Carandiru, em 1992, quando uma rebelião na penitenciária da capital terminou com a morte de 111 detentos.

Moradores da Baixada Santista dizem que boa parte dos mortos durante a Operação Escudo não trocaram tiros com a polícia, ao contrário do que afirmam as autoridades.

De acordo com o MP-SP, apenas três das 16 primeiras mortes tiveram registros de confronto flagrados pelas câmeras corporais dos policiais envolvidos.

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