Condenada a 39 anos por articular a morte dos pais, Suzane von Richtofen, 36 anos, tinha a intenção de voltar a estudar em 2020. Após tirar 608,42 no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Suzane se matriculou no curso de Gestão de Turismo do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). No entanto, ela perdeu os 10 primeiros dias de aulas e não apresentou justificativa. Por isso, o IFSP anunciou que a detenta perdeu o semestre por conta das faltas.
O regulamento da instituição prevê: “Serão considerados desistentes os candidatos aprovados em processo seletivo que não efetuarem a matrícula no prazo, bem como os estudantes matriculados que não frequentarem os 10 (dez) primeiros dias úteis de atividades acadêmicas, sem apresentação de justificativa devidamente comprovada e atestada, a ser analisada pela Coordenadoria Sociopedagógica.”
Suzane chegou a pedir permissão à Justiça para frequentar a instituição. No entanto, o processo está sob segredo, e não é possível afirmar se a detenta teve ou não a liberação. Fato é que o prazo foi encerrado na última terça (18), e a aluna foi considerada desistente.
O curso de Turismo é presencial, com aulas de 19h às 22h40. Atualmente, Suzane cumpre pena em Tremembé, e o IFSP está localizado em Campos do Jordão, a 40 km do presídio. Em 2016, a detenta tentou estudar Administração, mas pediu para fazer o curso à distância. Por falta de recursos tecnológicos, o pedido foi negado, e Suzane desistiu das aulas por temer assédio.