Um policial civil, de 55 anos, foi agredido por funcionários de uma loja após pedir para que eles fizessem uso das máscara de proteção dentro do estabelecimento. Além de agredir a vítima, os proprietários também xingaram o policial.
O caso ocorreu em um estabelecimento de Registro-SP. O policial relatou que mora em Juquiá, mas foi até Registro para realizar alguns exames médicos. Na ocasião, ele aproveitou para comprar uma peça e se dirigiu até a loja. No local, uma placa alertava os clientes da obrigatoriedade da máscara, entretanto, os funcionários não faziam o uso adequado do equipamento. De acordo com o agente, os comerciantes deixavam a máscara no queixo, de modo que não servia para proteger os clientes de uma possível contaminação.
Ainda de acordo com o relato do policial, após ele explicar sobre a importância da medida, um dos funcionários começou a xingar o agente, que decidiu tirar fotos com o celular para registrar o momento. “Ele começou a falar ‘vai tomar…’, ‘filho da…’, e foi atrás de mim. Fomos para a calçada da loja nesse momento, e um deles desferiu um golpe no meu rosto”, alegou o policial ao Portal G1.
“Para mim, foi a situação mais degradante pela qual já passei. Eu queria a minha proteção, a proteção deles e dos demais. Por cobrar que eles tivessem essa preocupação, fui agredido”, completou.
A vítima acionou a Polícia Civil da região para que os envolvidos fossem encaminhados para a Delegacia Sede de Registro. Segundo o boletim de ocorrência, um comerciante disse que todos os funcionários da loja estavam de máscara, enquanto o outro confessou que não utilizava o equipamento de proteção. Os suspeitos irão responder por lesão corporal e infração de medida sanitária preventiva.
De acordo com a Prefeitura de Registro, a autuação sanitária por descumprimento do Decreto Municipal nº 2.884/2020, que determina a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção facial, deve ser feita em flagrante.