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Policiais militares compram alimentos para crianças que pediam no supermercado

Os policiais pagaram R$ 187,00 na compra dos alimentos para a família. O sargento Alexandre disse que não consegue não fazer nada em situações como essa

Redação Jornal de Brasília

06/01/2021 13h26

Sara e Rayevilly da Silva, de 11 anos, chamaram a atenção de dois policiais militares do 27º BPM (Santa Cruz) quando estavam na porta de um supermercado em Guaratiba, na Zona Oeste, para pedir alimentos.

O sargento Alexandre Alves Henriques, de 48 anos, e o cabo Giresse de Souza Cândido, de 33, ficaram chocados com a situação e resolveram ajudar as duas crianças. Era dia 30, dois dias antes da virada do ano. Para os policiais, Rayevilly contou que a família tinha vindo de João Pessoa, na Paraíba, fugindo do pai da outra menina, que era violento e ameaçava a família. Com medo, a avó decidiu fugir para o Rio de Janeiro.

“Fiquei chocado com que ouvi da menina. O que elas estavam comprando não era nada demais. Na conversa, a Rayevilly, mais falante, disse que a avó podia explicar melhor. Peguei o endereço com ela e fui na casa da família. Deixamos as crianças sob a guarda da gerente. Encontrei Dona Maria do Rosário com outros netos, a filha e o genro. Todo mundo morando numa casa apertada. Isso me tocou muito. A gente reclama da vida, mas tem pessoas em pior situação que a nossa, sem ter o que comer! “, comentou Giresse.

Os policiais pagaram R$ 187,00 na compra dos alimentos para a família. O sargento Alexandre disse que não consegue não fazer nada em situações como essa.

De acordo com a avó das crianças, a família veio para o Rio de Janeiro por medo do do ex-marido da filha. Ela se separou dele, mas ele não aceitava muito bem isso. A gente fica com medo que o pior acontecesse. Viemos para a casa de um parente, mas como somos muitos, achei melhor alugar essa casa. Tudo que tenho foi doado pelos outros. A geladeira não funciona. Dormimos em colchões no chão. Eles são velhos e rasgados, mas aí coloco lençóis neles e fica tudo arrumadinho. O importante é que estamos todos juntos”, afirmou Maria do Rosário.

A casa tem sala, quarto, cozinha e banheiro. Moram Maria do Rosário, o marido, a filha, o genro e seis crianças, uma delas especial. Os adultos estão sem empregos e a avó dos pequenos recebe o auxílio emergencial de 600 reais, sendo que 500 vai para o aluguel  do imóvel.

A grande atitude dos policiais rendeu uma saudação no boletim da Polícia Militar publicado nesta terça-feira (5).

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