Um crime de tortura contra um adolescente negro, de 17 anos, que teria furtado barras de chocolate em um supermercado na Zona Sul de São Paulo está sendo investigado pela Polícia Civil. Dois seguranças do estabelecimento prenderam o menor em um cômodo, lhe amarraram as mãos, ordenaram que ele tirasse a roupa e começaram a dar chicotadas nele.
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O jovem ainda foi amordaçado para que ninguém ouvissem os gritos dele. Os próprios seguranças teriam gravado toda a tortura e divulgado em redes sociais e aplicativos de mensagens.
Segundo o gerente do supermercado Ricoy, os seguranças foram afastados, sem mais detalhes. A assessoria de imprensa da rede disse que repugna a atitude dos funcionários.
O conselheiro do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe), Ariel de Castro Alves, cobra a punição dos seguranças pelos atos. “Existem indícios contundentes de crime de tortura praticado pelos seguranças. A tortura ocorre quando alguém é submetido, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental. A lei 9455 de 1997, prevê penas de 2 a 8 anos aos acusados”, afirma.
