Uma quadrilha suspeita de furtar toneladas de ferro-gusa em ferrovias de Minas Gerais esta sendo investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais.
Segundo apurações, o material, composto por minérios usado pela indústria, era vendido por R$ 1,3 mil no início de 2020 e já ultrapassa os R$ 4 mil neste ano.
Uma investigação da polícia já identificou cerca de 18 membros da quadrilha responsáveis pelos furtos do material. Do total, cinco estão presos e respondem por furto e receptação, já os outros 13 respondem aos processos em liberdade.
De acordo com a Polícia Civil, do início de 2020 até março deste ano, foram 470 registros de ocorrência sobre o furto de ferro-gusa. Os furtos ocorrem, principalmente, nas ferrovias da região metropolitana de Belo Horizonte, onde ficam instaladas as indústrias.
O estado de Minas Gerais é o principal produtor do material no Brasil e é responsável por 77% da produção nacional.
Crianças e adolescentes estão entre os principais aliciados para cometerem os furtos. Eles ficam responsáveis por subir nas composições em andamento, retirar o ferro-gusa e jogar os materiais para fora dos trilhos.
Um dos boletins de ocorrência anexados à investigação apontou que um grupo conseguiu retirar cerca de 60 toneladas de ferro-gusa das composições em uma única vez. Uma parte da carga foi resgatada pela polícia.
A corporação também constatou o furto de mais de 1.600 toneladas de ferro-gusa entre dezembro de 2021 a abril de 2022, na ferrovia que liga Belo Horizonte à Vitória, no Espírito Santo. O valor perdido seria capaz de encher 28 vagões ou 91 caminhões de carga.
“Isso trouxe muita preocupação e naturalmente prejuízo”, disse Fausto Varela Cançado, presidente do sindicato da indústria do ferro em Minas Gerais.