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Pesquisa da USP identifica molécula que reduz tumor e evita metástase do câncer de ovário

Pesquisa foi desenvolvida em parceria com laboratório norte-americano 

Redação Jornal de Brasília

28/10/2019 11h53

Da redação
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Cientistas brasileiros e norte-americanos identificaram uma molécula capaz de reduzir o tamanho do tumor e bloquear o processo de metástase do câncer de ovário. Os testes ainda são realizados em animais e os pesquisadores estimam que o tratamento esteja disponível para humanos em até 20 anos. 

O estudo foi realizado no Centro de Terapia Celular do Hemocentro da Universidade de São Paulo (USP), com a colaboração do Laboratório de Células-Tronco Musculares e Regulação de Genes dos Institutos Nacionais de Saúde, nos Estados Unidos. 

A molécula do RNA, conhecida como MIR-450A, apresenta resultado insignificante em tumores. Porém, testes in vitro e em camundongos apontaram que, quando superexpressa (em tamanho aumentado) tem efeito positivo para tratar o câncer de ovário.

O professor do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina da USP, Wilson Araújo da Silva Júnior, afirma que a molécula MIR-450A, presente no corpo humano e que pode ser produzida no laboratório, é capaz de silenciar genes envolvidos na migração celular e no metabolismo do tumor. Isso bloqueia o tamanho do tumor e bloqueia o processo de metástase. 

Recentemente, cientistas da USP também descobriram que a molécula chamada microRNA-367 pode reduzir a agressividade de tumores embrionários do sistema nervoso central, responsáveis por uma espécie de câncer mais comum em crianças. 

Agora, os pesquisadores esperam desenvolver um medicamento utilizando a molécula MIR-450A que possa auxiliar no combate ao câncer de ovário, uma vez que essa doença, geralmente, só é identificada em estágio avançado. 

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