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Pedreiro faz aulas de balé para acompanhar filhas autistas

Joilson diz enfrentar dificuldades e preconceito para estar ao lado das meninas

Redação Jornal de Brasília

30/09/2019 9h02

Da redação
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Um pedreiro está aprendendo a dançar balé para ajudar as filhas, que são autistas. Desde março, Joilson Santos, de 54 anos, divide o tempo entre as obras e o estúdio de balé. 

A família mora em Feira de Santana-BA. Joilson, a esposa Jaqueline e as duas filhas, Isabele e Iasmim fazem as aulas com outras oito crianças, também diagnosticadas com autismo. 

A dança faz parte de um método de tratamento, o Ballet Azul, cor utilizada para representar o autismo. 

Joilson, que é o único homem, calça uma meia preta para substituir a sapatilha. O pedreiro aprende os passos aos poucos. Quando a filha erra um movimento, o pai tenta corrigi-la, mostra como faz. 

Na primeira apresentação de Joilson ao lado das filhas logo se espalhou pela vizinhança. Na manhã do dia seguinte, a família ouviu do lado de fora de casa uma voz gritando para que ele “virasse homem”. No trabalho, Joilson conta que os colegas também começaram a fazer chacota. 

Esta é a primeira turma do Ballet Azul e é também a primeira vez que se tem registro de aulas de balé para pessoas autistas com acompanhamento dos pais, no Brasil. 

As aulas gratuitas são do projeto Arte de Viver, mantido pela Prefeitura de Feira de Santana.

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