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Peça de triturador solta e atinge cabeça de agricultor

Ele foi levado até a cidade mais próxima de barco e a viagem durou cerca de uma hora e meia

Redação Jornal de Brasília

14/12/2022 8h58

Foto: Arquivo pessoal

O agricultor Alcir da Costa Silva, de 30 anos, está na UTI do Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, após ter sido atingido pela peça de um triturador de macaxeira em uma casa de farinha na comunidade Mato Grosso (AM) na segunda-feira (12). Ele foi levado até a cidade mais próxima, que era Guajará (AM), de barco e a viagem durou cerca de uma hora e meia.

Genizia Alves, irmã do agricultor, disse que ele estava fazendo farinha para um tio quando a peça da máquina soltou e atingiu em cheio a cabeça.

“Aconteceu que ele ia fazer uma farinha pro tio dele e aí ele foi e ligou o motor, quando ligou a bola veio de lá, partiu a banda e atingiu a cabeça dele e no momento ficou quase morto, meu irmão teve que trazer ele de barco pequeno, questão de uma horas para chegar em Guajará (AM) a ambulância levou para o Hospital do Juruá”, conta.

Ele passou pela cirurgia ainda na noite de segunda e agora está em observação na UTI. “A sorte é que tinha uma equipe para fazer essa cirurgia, que é bastante complicada. Achávamos que não ele não reagiria logo, mas ficou tudo bem. A gente nunca imaginou que isso pudesse acontecer.”

O coordenador médico do Hospital do Juruá, Ozi Câmara, informou que agora uma equipe de especialista fica por 30 dias na cidade. O fato de ter um neurologista no hospital fez toda a diferença no atendimento ao agricultor. Antes, os pacientes precisavam ser transferidos para Rio Branco.

“O paciente está estável, foi abordado cirurgicamente pela equipe de neurocirurgia devido ao trauma craniano. Ele teve traumatismo craniano com sangramento, foi operado e agora está se recuperando na UTI, talvez nos próximos dias esteja saindo da UTI para ir para a enfermaria. Devido ao traumatismo, teve um sangramento e poderia aumentar a pressão na cabeça e ter problemas mais sérios e ele foi operado para tirar esse sangue”, explicou.

Sobre a presença dos especialistas na cidade, ele disse que o atendimento necessário pode ser feito de maneira mais rápida e garantir uma recuperação melhor.

“Foi um ganho na cidade e segurança de todos nós. Temos médicos 30 dias no mês, neurocirurgião e que podem operar no tempo ideal e não temos mais aquela espera, porque é um tempo que se gasta até chegar na capital que não tem a mesma excelência. O fato de ter um neuro aqui é o que deu a diferença no tratamento”, pontua.

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