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PC e MPRJ tenta prender bicheiro por morte de advogado no RJ

Agentes partiram para o cumprimento de um total de oito mandados de prisão

João Victor Rodrigues

07/03/2024 8h46

Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (7), a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deram início à terceira fase da Operação Ás de Ouros, com o objetivo principal de prender o contraventor Bernardo Bello no âmbito do inquérito da morte do advogado Carlos Daniel Ferreira Dias, ocorrida em maio de 2022 em Niterói. Este representa o quinto mandado de prisão emitido contra o bicheiro.

Agentes partiram para o cumprimento de um total de oito mandados de prisão, entretanto, cinco dos alvos já estavam sob custódia. Todos os envolvidos são acusados de participação no atentado contra Carlos Daniel. Além do homicídio, os oito já haviam sido indiciados e denunciados pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Até o momento, Bello e outros dois alvos, incluindo o ex-policial militar Marcelo Sarmento Mendes, conhecido como Repolhão, não foram localizados.

Os mandados, expedidos pela 2ª Vara Criminal Especializada da Capital, estavam sendo cumpridos em São João de Meriti e Nova Iguaçu, além de localidades no Rio de Janeiro, como Penha Circular, Freguesia e Barra da Tijuca.

A primeira fase da Operação Ás de Ouros ocorreu em julho de 2022, seguida pela segunda um ano depois. Esta etapa, realizada nesta quinta-feira, está sendo coordenada pelo Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCor-LD) da Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ). As investigações contaram com o apoio do recém-criado Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra) e do Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA).

De acordo com as investigações, Bernardo Bello e o braço financeiro da organização, Allan Diego Magalhães Aguiar, utilizavam diversas frentes de negócios, como a venda de kits de churrasco, postos de gasolina e até lojas de roupas, para inflar artificialmente as movimentações financeiras e, assim, lavar o dinheiro obtido ilegalmente através da contravenção.

A força-tarefa também revelou que parte do grupo empregava ao menos seis empresas e diversos “laranjas” na tentativa de ocultar e legitimar o dinheiro proveniente do jogo do bicho e outros crimes.

Os relatórios financeiros analisados indicam uma atividade intensa. Em um período de oito meses em 2021, por exemplo, uma das empresas movimentou a cifra de R$ 70 milhões, enquanto outras duas totalizaram R$ 80 milhões ao longo dos últimos três anos.

Os métodos de ocultação de patrimônio incluíam ainda aquisições de bens de luxo, como carros, lanchas, terrenos e animais de raça. Nesta quinta-feira, a Justiça determinou a apreensão de cerca de 200 itens, incluindo cavalos.

 

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